Ao adicionar o pacote S-Design, hatch fica com praticamente todos os itens que precisamos em um carro, mas o preço...
Quando a Fiat apresentou o Argo em 2017, o então diretor da marca, Eugênio Dutra, fez uma declaração bem forte para os jornalistas e concessionários: o Argo iria liderar o mercado e levar a empresa para a 1ª posição no país. Quatro anos depois, parece que estava certo, pois o hatch está disputando a liderança em 2021 com o Hyundai HB20 – em parte, pois foi a Strada que impulsionou a Fiat para a 1ª colocação e sabemos o que acontece com o Onix…
Normalmente, o Argo 1.0 Drive é vendido por R$ 72.490 e vem um pouco básico – claro, não tão básico quanto o Argo 1.0 que não tem nem rádio. Já vem com alguns itens como central multimídia de 7” com Android Auto e Apple CarPlay, sensor de pressão dos pneus, direção elétrica, vidros dianteiros elétricos, volante multifuncional, computador de bordo com tela de 3,5” e mais.
O kit S-Design Tech custa mais R$ 4.250 e adiciona sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, ar-condicionado digital, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, chave presencial e retrovisores laterais com ajuste elétrico. Ainda tem as mudanças visuais, com rodas de liga leve de 15” escurecidas, bancos com acabamento exclusivo e pintura preta para os retrovisores, spoiler traseiro, frisos e interior.
Apesar disso, é bem esperto na cidade. O indicador de trocas já pede marcha a 1.500 rpm, e o torque máximo aparece a 3.250 rpm, então o hatch passa a sensação de ser ágil em baixa velocidade, principalmente em momentos em que precisa de mais torque, como uma subida. Outro efeito disso é que pede menos reduções de marcha durante uma retomada. É uma pena que a Fiat ainda não investe em um câmbio manual novo, pois a velha caixa ainda tem seus problemas, com o curso longo e uma alavanca não tão precisa quanto dos concorrentes, além de ter apenas 5 marchas.
A cabine tem um espaço adequado para a categoria, principalmente nos bancos traseiros, onde tem espaço bom para pernas e cabeça. Por outro lado, o motorista tem um problema por conta do acabamento da porta e do console central que invade um pouco a área das pernas. Falando nele, os materiais usados são em agradáveis e, junto com seu design bem resolvido, faz com que o interior do Argo continue bom mesmo depois de quatro anos.
O principal defeito do Fiat Argo 1.0 Drive S-Design é um bem forte: seu preço. Por R$ 76.740, esta versão com o pacote opcional é apenas R$ 1.150 mais barato do que a versão Drive S-Design com o motor 1.3 de 109 cv e 14,2 kgfm, com exatamente os mesmos equipamentos. E, obviamente, vale pagar essa diferença para ter um pouco mais de desempenho, mesmo que o consumo aumente um pouco. Só faz sentido caso alguma concessionária ofereça um desconto ou a Fiat mexa de novo na tabela do hatch nos próximos meses e aumente a diferença nos preços entre as duas configurações.