Carro da Renault durante evento da montadora, perto de Paris, França 16/02/2023 REUTERS/Christian Hartmann
Por Gilles Guillaume
Como parte da reviravolta de sua estratégia em 2021, a montadora francesa tem se concentrado nos segmentos mais lucrativos na Europa: veículos elétricos e modelos compactos.
Mas, combinado com a perda da Rússia — o segundo mercado do grupo — após a invasão russa da Ucrânia, isso tornou a Renault mais dependente do mercado europeu.
Nos primeiros nove meses de 2023, quase 69% das vendas da Renault foram na Europa, em comparação com 63% no ano anterior.
A Renault disse que, até 2027, os veículos elétricos e híbridos devem representar um terço das vendas fora da Europa.
O primeiro dos novos veículos da Renault para os mercados globais é um pequeno SUV derivado do Dacia Sandero, chamado Kardian, que foi apresentado nesta terça-feira no Brasil, o segundo maior mercado da marca Renault depois da França.
O carro será lançado no próximo ano na América Latina e no Marrocos.
Os modelos serão baseados em duas novas plataformas. A primeira é uma plataforma modular que inclui o Kardian, para montagem na América Latina, Turquia, Marrocos e Índia.
Ela também será a base de uma picape híbrida 4X4. A Renault também apresentou um modelo conceitual desse veículo, o Niagara, no Brasil.
A segunda plataforma global da Renault é para veículos de alto padrão produzidos na Coreia do Sul com base em uma parceria assinada em 2022 entre a Renault e a Geely.
O primeiro veículo da marca Renault Korea Motors baseado nessa plataforma será lançado em 2024.