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A Renault do Brasil anunciou na tarde desta segunda-feira, 4, que vai investir R$ 2 bilhões no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), onde fabrica automóveis, comerciais leves e motores. O principal projeto envolve a produção de um utilitário-esportivo (SUV) de médio porte, completamente novo.
O novo carro não teve o nome revelado, mas há especulações no mercado automotivo de que comece a ser fabricado em 2025 para concorrer principalmente com modelos como Toyota Corolla Cross e Jeep Compass.
Em princípio ele terá motor flex somente a combustão, que será nacionalizado. Mas o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, já havia dito anteriormente que o próximo ciclo de investimentos da marca teria modelos híbridos (roda com um motor elétrico e um a combustão).
“Continuamos a implementação do International Game Plan 2027 (plano internacional da marca), após a revelação do Renault Kardian, e temos o prazer de anunciar um segundo produto em um segmento superior, fabricado no Brasil e que será exportado para toda a América Latina”, disse Pedrucci, em nota.
Gondo, por sua vez, afirmou que “este novo investimento resulta em um total de R$ 5,1 bilhões desde 2021, o que é uma clara demonstração de nosso compromisso no Brasil”.
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O motor do novo SUV também será produzido no complexo paranaense pela Horse, empresa do grupo Renault dedicada ao desenvolvimento, produção e fornecimento da próxima geração de motopropulsores híbridos de baixa emissão, conforme anunciado pelo grupo na semana passada, com investimento de R$ 100 milhões.
Fábrica inaugurada em 1998
A Renault inaugurou sua fábrica em 1998 e emprega atualmente 5,3 mil funcionários. A marca produz os modelos Kwid, Duster, Captur, Logan, Oroch, Stepway e o utilitário Master e importa os elétricos Kwid E-Tech, Megane E-Tech e Kangoo E-Tech.
No mês passado, a Nissan – que faz parte da aliança global Renault/Nissan -, também anunciou para a fábrica de Resende (RJ) uma ampliação de R$ 1,5 bilhão em seu programa de investimento para o período 2023 a 2025, que passaram a somar R$ 2,8 bilhões.
O montante será gasto principalmente no lançamento de dois novos automóveis – um deles o novo Nissan Kicks, previsto para 2025 -, e também na produção de um motor turbo. Também permitirá a instalação de novos equipamentos, ampliações na linha de produção e a evolução de processos no complexo, que completou este ano 23 anos de instalação.