Dependendo cenário, sistema pode não ser capaz de funcionar adequadamente como imaginado
Bateria de testes realizada recentemente pela American Automobile Association (AAA) revelou detalhes importantes sobre o funcionamento dos cada vez mais comuns sistemas de frenagem automática de emergência. A entidade colocou à prova uma série de veículos equipados com o dispositivo e constatou que, apesar da sensação de segurança transmitida, em muitas situações o sistema pode não ser capaz de funcionar adequadamente como imaginado.
A cerca de 48 km/h, o AAA identificou que o sistema foi capaz de evitar completamente colisões em 17 vezes das 20 simulações, ou seja, taxa de sucesso de 85%. Nos outros três casos, a velocidade foi reduzida em 86% antes do impacto. O desempenho foi pior a 64 km/h, com taxa de sucesso de apenas 30%. A velocidade de impacto foi reduzida em 62% em média nos 14 testes em que ocorreu uma colisão.
A performance em cenários de curva à esquerda foi mais decepcionante. Nesses casos, os carros foram incapazes de detectar o perigo simulado e não conseguiram evitar os acidentes, desacelerar ou até mesmo avisar o motorista antes do impacto. As soluções foram bem mais rigorosas do que os testes habituais da NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) e tiveram como objetivo reproduzir situações do mundo real.
O sistema de frangem automática de emergência foi implementado inicialmente em modelos de luxo, mas está cada vez mais presente em veículos generalistas. Nos Estados Unidos, por exemplo, já é adotado em praticamente todos os carros novos à venda. A tecnologia funciona através de sensores e câmeras, que detectam potencial risco de colisão. Automaticamente, os freios são acionados para reduzir a gravidade do acidente ou, idealmente, evitá-lo completamente.