Associação que representa os fabricantes retira seu compromisso de pôr fim "aos preços anormais" dois dias após a assinatura
A guerra de preços de carros elétricos na China tomou grandes proporções com as seguidas reduções aplicadas pelas principais montadoras no país asiático. Antes que se criasse um desequilíbrio na indústria, a entidade que representa os fabricantes locais se comprometeu a criar mecanismos para evitar “preços anormais” no maior mercado automotivo do mundo.
Como motivação por trás da retratação, a CAAM citou uma lei antitruste, o que significa que a guerra de preços de veículos elétricos iniciada pela Tesla, provavelmente continuará, ao menos no mercado chinês.
No comunicado oficial, a CAAM disse em seu site que a promessa de “regular” preços violou a lei antitruste da China e disse que a excluiria de uma lista de compromissos assinados pelas montadoras. Também instou as 16 empresas e o resto de seus membros a cumprir estritamente a lei antitruste e competir de forma justa com preços independentes.
As montadoras que assinaram o compromisso (que foi cancelado) foram: Dongfeng Motor, China FAW, SAIC, BAIC, Changan Automobile, GAC, Chery, JAC, Geely, China National Heavy Duty Truck, Great Wall Motor, BYD, Nio, Li Auto, Xpeng e Tesla.
Apoiada em parte nessa forte redução de preços, Tesla e BYD bateram seus recordes históricos de entrega de veículos elétricos na China no segundo trimestre de 2023, com mais de 93.000 unidades vendidas pela montadora norte-americana no país e mais de 251.000 modelos híbridos plug-in e elétricos entregues pela montadora chinesa.
Fonte: Reuters
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