Europa tem impacto negativo nos números globais; Brasil destoa e segue com forte crescimento
Embora a expectativa fosse de uma expansão contínua e acelerada, o mercado global de veículos elétricos (EVs) apresenta uma desaceleração considerável, segundo um novo relatório da ABI Research. A previsão indica um crescimento de 21% em 2024 e 19% em 2025, números que ficam abaixo dos 31% registrados em 2023 e dos impressionantes 60% observados em 2022.
Apesar de limitações de alcance e carregadores serem apontadas como entraves, esses fatores estão, na verdade, evoluindo positivamente. Além disso, explicações simplistas não consideram as tendências regionais que moldam o cenário de EVs.
Nos Estados Unidos, os problemas de vendas podem ser atribuídos a uma dependência excessiva da Tesla. O ímpeto inicial da marca, alavancado pelos primeiros adeptos da tecnologia, está perdendo força à medida que o mercado se volta para a adoção em massa.
Galeria: BYD ATTO 3
“A China serve de exemplo para o mundo todo, demonstrando como conquistar o público com carros elétricos. Se as montadoras conseguirem oferecer uma ampla variedade de veículos elétricos a preços atraentes, as pessoas irão comprá-los”, analisa Khoo. “É nesse ponto que Europa e América do Norte estão falhando. A situação só deve se reverter com a entrada em operação de novas gigafábricas de baterias e a chegada de mais modelos ao mercado na segunda metade desta década.”
Os dados apresentados fazem parte do relatório “The EV Market Slowdown” da ABI Research. Este relatório integra o serviço de pesquisa “Electric Vehicles” da empresa, que oferece análises, dados e insights sobre o setor de veículos elétricos.
Enquanto o cenário global apresenta uma desaceleração no crescimento de EVs, o Brasil se destaca como um ponto fora da curva. Em 2023, o país registrou um aumento de 91% nas vendas de carros elétricos e híbridos em relação ao ano anterior, alcançando a marca de 93.927 unidades vendidas. A tendência se mantém positiva em 2024, com os dois primeiros meses do ano registrando crescimentos de 167% e 143%, respectivamente, em comparação com os mesmos períodos de 2023.
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