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Avaliação: Hyundai HB20 surpreende na mecânica e dinâmica para atacar de Chevrolet Onix a VW Polo

O novo Hyundai HB20 não revoluciona como a primeira geração, mas melhora substancialmente em pontos importantes para seguir como um dos líderes na preferência do consumidor brasileiro

O Hyundai HB20 chegou em 2012 fazendo uma revolução no segmento dos hatches compactos, trazendo uma combinação da carroceria de belas linhas com uma lista de equipamentos completa desde a versão de entrada. Mas os anos passaram e o revolucionário, mesmo que ainda bom de loja, já não impressionava tanto.

Era preciso mudar, e então o Hyundai HB20  mudou. Embora a marca coreana se esforce para dizer que o novo HB20 é realmente novo, o que a montadora fez, na realidade, foi um retrabalho bem pesado sobre o compacto de primeira geração. E isso está longe de ser uma má notícia.

Hyundai HB20

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Roberto AssunçãoNa primeira geração (próxima foto), o design era um dos destaques: agradou a quase todo mundo. No segundo, um excesso de ousadia gerou muitas críticas nas redes sociais

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Hyundai HB20

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Roberto Assunção

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Roberto AssunçãoAs lanternas são uns pontos mais polêmicos do design externo

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DivulgaçãoModelo antigo para comparação

A nova geração do Hyundai HB20 manteve as qualidades do pioneiro e ganhou novos pontos positivos. A carroceria ganhou um percentual maior de aços de alta resistência – subiu de 19% para 30% – e ficou 4 cm mais larga, 2 cm mais longa e ganhou 3 cm a mais no entre-eixos. Mesmo que nas fotos o desenho não tenha cativado muita gente, ao vivo o resultado agrada mais.

NA CABINE

O espaço na cabine do Hyundai HB20 melhorou pouco: não desagrada, nem impressiona. Inclusive o porta-malas segue com os mesmos 300 litros de capacidade. Fica dentro do padrão atual do segmento de compactos, assim como os materiais de acabamento, com plásticos e materiais que são um repeteco da atual geração.

A posição de dirigir ainda é um dos pontos fortes, mas o ambiente ficou bem mais atual com a adoção do novo painel, que traz central multimídia com tela do tipo flutuante (embora com os mesmos grafismos do “antigo” HB20). Dependendo da versão, o comprador pode levar ainda um quadro de instrumentos que combina o conta-giros analógico com uma tela digital (monocromática), e o interior preto ou marrom.

Na lista de equipamentos, fica a impressão de que a Hyundai poderia ter ousado mais, como fez no design. Desde a versão de entrada, a Sense 1.0, o HB20 sai de fábrica com isofix, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos e banco do motorista com ajuste de altura e sistema de som com comandos no volante.

Bom conteúdo, mas fazem falta alguns diferenciais que já começam a se tornar mais comuns entre os compactos: airbags laterais (presentes desde a versão de entrada do VW Polo e até no subcompacto Renault Kwid), por exemplo, estão disponíveis apenas a partir da configuração Launch Edition (R$ 69.990) e não vêm acompanhadas das bolsas infláveis de cortina.

Somente o Hyundai HB20 topo de linha Diamond Plus (R$ 77.990) tem o pacote tecnológico com alerta de mudança involuntária de faixa e (pela primeira vez no segmento) frenagem automática de emergência. E, mesmo nessa versão mais cara, o ar-condicionado, embora com comandos digitais, deixou de ter o controle automático de temperatura. Uma economia desnecessária.

AO VOLANTE

Onde o novo Hyundai HB20 mais mudou em comparação com o modelo antigo foi na mecânica. As versões 1.0 aspiradas mantiveram o motor atual de 75/80 cv (gasolina), enquanto o propulsor 1.6 com 16V ganhou duplo comando variável e agora desenvolve ótimos 130 cv com etanol (2 cv a mais do que o antigo). Mas só as configurações Diamond e Diamond Plus que trazem o novo 1.0 turbo de três cilindros e injeção direta. Apesar dos 10 cv a menos do que o 1.6, o propulsor turbinado leva vantagem no torque, de 17,5 kgfm a 1.500 rpm (ante os 16,5 kgfm a 4.500 rpm do 1.6). Este motor está sempre combinado ao câmbio automático de seis marchas.

Hyundai HB20 – Equipamentos

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Roberto AssunçãoO interior ganhou tela flutuante

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Roberto AssunçãoO novo quadro de instrumentos, parcialmente digital

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Roberto AssunçãoO botão de partida

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Roberto AssunçãoUma das aletas para trocas manuais de marcha no volante

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Roberto AssunçãoOs comandos do ar-condicionado, que, apesar do indicador digital, não é automático (antes era)

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Roberto AssunçãoA central multimídia com imagem da câmera de ré

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Roberto AssunçãoA alavanca do câmbio automático sequencial – com seis marchas e funcionamento suave

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Pudemos avaliar o novo Hyundai HB20 1.0 turbo por estradas com asfalto irregular e trechos urbanos de baixa velocidade, entre as cidades baianas de Una e Canavieiras. O conjunto nos surpreendeu pelo funcionamento suave e pelas respostas rápidas ao acelerador abaixo das 2.000 rpm. Mesmo em retomadas de velocidade, é possível abrir mão das trocas de marcha sequenciais, que podem ser feitas tanto pela alavanca quanto pelas borboletas atrás do volante (uma raridade no segmento).

Já o restante do carro ganhou um comportamento mais condizente com o novo conjunto de motor e câmbio. A direção hidráulica deu lugar a um conjunto com assistência elétrica, que é mais leve em manobras e mais preciso em altas velocidades. Já os freios são eficientes, e o conjunto de suspensão, recalibrado, ganhou um acerto mais equilibrado, que consegue conciliar estabilidade em curvas e conforto. E dá fim de curso apenas ao passar por ondulações mais extremas e em altas velocidades.

O isolamento acústico filtra bem o ruído do motor, mas, em asfalto irregular, é possível ouvir o barulho de rodagem dos pneus no asfalto. Já os faróis poderiam iluminar melhor o caminho: enfrentamos trechos noturnos sob garoa e tivemos que recorrer, em alguns momentos, aos faróis de neblina. Algo surpreendente em se tratando de um conjunto com luzes do tipo projetor, que teoricamente são mais eficientes que os faróis com refletores convencionais. Um detalhe negativo em um ótimo carro.

Os outros membros da família

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Além do hatch, a nova linha rem o sedã HB20S, em novembro (para enfrentar o Onix Plus que você vê a seguir), e o aventureiro HB20X, em dezembro. O três volumes repete a gama de motores e transmissões do hatch, e estará disponível com preços sugeridos a partir de R$ 55.390, nas configurações Vision, Evolution, Diamond e Diamond Plus. Já o aventureiro, que se diferencia pela suspensão com maior distância do solo e pelos adereços visuais exclusivos, tem cinco versões e preços que partem de R$ 62.990. Mas só com o motor 1.6, e câmbio manual ou automático.

Ficha técnica:

Hyundai HB20 Diamond Plus 1.0 TGDI

Preço básico: R$ 46.490
Carro avaliado: R$ 77.990
Motor: três cilindros em linha 1.0, 12V, duplo comando variável, turbo, injeção direta
Cilindrada: 998 cm³
Combustível: flex
Potência: 120 cv (g/e) a 6.000 rpm
Torque: 17,5 kgfm a 1.500 rpm (g/e)
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 3,940 m (c), 1,720 m (l), 1,470 m (a)
Entre-eixos: 2,530 m
Pneus: 195/55 R16
Porta-malas: 300 litros
Tanque: 50 litros
Peso: 1.091 kg
0-100 km/h: 10s7
Velocidade máxima: 190 km/h
Consumo cidade: 12,2 km/l (g) e 8,6 km/l (e)
Consumo estrada: 13,9 km/l (g) e 10,3 km/l (e) Emissão de CO²: 97 g/km
Emissão de CO²: 97 g/km
Nota do Inmetro: B*
Classificação na categoria: B* (Médio)

AVALIAÇÃO
Motor 4
Câmbio 4
Desempenho 5
Consumo 4
Segurança 4
Equipamentos 4.5
Multimídia 4
Conforto 3
Porta-malas 4
Prazer em dirigir 4.5

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