"O que vimos nas cadeias de suprimentos nos últimos dois anos é o novo normal", disse chefe de compras da marca
Responsável por atingir diretamente a indústria automobilística global nos últimos dois anos, a crise gerada pela falta de semicondutores não deverá dar trégua nem mesmo em 2023. Pelo menos é o que acredita a Volkswagen, que projeta cenário de igual dificuldade para o ano que vem. “No geral, a situação melhorou, mas apenas em pequenos passos”, disse o diretor de compras da montadora, Murat Aksel.
Galeria: VW Nivus produção (fábrica Anchieta)
Apesar do cenário, Aksel reconheceu os esforços promovidos por empresas e países para ampliação da capacidade de produção – os Estados Unidos, por exemplo, planejam investir US$ 50 bilhões exclusivamente na indústria de semicondutores. No entanto, não será possível resolver o problema instantaneamente. “É uma questão estrutural que não pode ser resolvida tão rapidamente”, disse ele. “Leva anos para construir uma nova capacidade”, explicou.
Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança, ar-condicionado, iluminação, transmissão e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia, a produção desses componentes foi afetada e desabasteceu toda a cadeia global de insumos. Os maiores produtores mundiais estão localizados em países da Ásia, como Taiwan e Malásia.