Ferrari vê inconsistência como problema e admite Mercedes melhor em ritmo de corrida

ferrari vê inconsistência como problema e admite mercedes melhor em ritmo de corrida

As atualizações levadas para o final de semana da Fórmula 1 na Espanha deixaram a Ferrari com mais dúvidas do que certezas, e Frédéric Vasseur reconheceu que, no momento, a inconsistência é o principal problema da SF-23. A questão, no entanto, é identificar de onde ela vem, já que, nas palavras do chefe da escuderia italiana, “nem sempre é a mesma coisa”.

Em Barcelona, por exemplo, a Ferrari viveu momentos bem distintos com sua dupla de pilotos. Enquanto Carlos Sainz alinhou em segundo, ficando atrás apenas de Max Verstappen, Charles Leclerc parou ainda no Q1, sem entender a queda de performance do carro. Na corrida, porém, outro fator pegou os italianos de surpresa e já é uma preocupação: o crescimento da Mercedes.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

ferrari vê inconsistência como problema e admite mercedes melhor em ritmo de corrida

O desempenho de Charles Leclerc em Barcelona foi para esquecer (Foto: AFP)

“Acho que demos um passo em termos de potencial”, avaliou Vasseur ao site oficial da Fórmula 1. “Nossa referência é Miami, e em ritmo de classificação, ao menos estivemos em igualdade com Carlos na primeira fila. Um avanço, provavelmente, e demos um passo à frente na corrida comparado à Aston Martin”, salientou.

“Mas ainda não é o bastante. Ainda temos um grande delta para a Mercedes em termos de performance da classificação para a corrida. E é aí que temos de colocar todo o foco se quisermos voltar a ter bons resultados no domingo, que é quando se marca pontos”, completou o dirigente, resumindo o que acontece em Maranello: “O problema principal é a inconsistência.”

“O carro de Charles, por exemplo — com o primeiro e o último stint com os mesmos compostos —, o equilíbrio estava em todo lugar, e um deles foi bom. Quanto a Carlos, ele fez um bom primeiro stint, um bom stint final, mas no intermediário, perdeu de 15s a 20s em relação aos seus competidores”, seguiu.

Para exemplificar com números, os dois carros da Mercedes foram ao pódio e somaram 33 pontos — isso mesmo depois de George Russell ficar de fora do Q3 e largar apenas em 12º para a corrida espanhola. Durante toda a prova, o feedback do piloto inglês para a equipes nos boxes era de que o ritmo do W14 era bastante satisfatório, mesmo com diferentes compostos — o que não aconteceu com os carros da Ferrari.

Vasseur foi bastante sincero ao ser questionado sobre o que precisa ser feito para reverter o atual cenário. “Se eu soubesse [a resposta], estaria resolvido, porque temos mil pessoas focadas nisso agora. Mas nem sempre é a mesma coisa, não é sempre o mesmo problema.”

“Acredito que somos mais rápidos que eles na classificação e mais lentos na corrida. Assim que essa questão com a consistência for resolvida, lutar contra eles na corrida provavelmente dependerá do final de semana, da pista e do asfalto”, finalizou o francês.

A Fórmula 1 volta às pistas no próximo final de semana, de 16 a 18 de junho, no Canadá.

Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.