Ferrari aprofunda conhecimento em células de bateria mas descarta produção própria
A Ferrari, que tem ampliado sua oferta de veículos híbridos elétricos desde 2019 e prometeu entregar seu primeiro modelo totalmente elétrico até o final do próximo ano, reconhece que sua produção relativamente limitada, com menos de 14 mil carros vendidos no último ano, não justifica a construção de uma infraestrutura de produção de células própria. Esta decisão estratégica sublinha o foco da empresa em aproveitar ao máximo o conhecimento especializado disponível no mercado, em vez de se aventurar na fabricação complexa e custosa de células de bateria.
O recém-inaugurado E-Cells Lab se debruçará sobre os aspectos eletroquímicos das células de bateria, visando elevar o patamar de expertise da Ferrari nesse domínio crucial para o futuro dos veículos elétricos. Vigna ressaltou a importância de transcender a visão das células como meras “caixas pretas”, enfatizando a necessidade de uma compreensão profunda de sua química e funcionamento interno.
Inicialmente, o laboratório focará em células de estado líquido à base de lítio, mantendo-se aberto à exploração de novas composições químicas e avanços tecnológicos. Apesar do interesse em inovações, Vigna manifestou uma visão cautelosa sobre as baterias de estado sólido, considerando-as, por ora, uma opção distante da realidade prática.