Volkswagen

Conheça o novo acervo histórico da Volkswagen do Brasil

A Volkswagen do Brasil inaugurou a segunda garagem de clássicos na fábrica da Anchieta, localizada em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista

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Foto: Divulgação

A Volkswagen do Brasil inaugurou o segundo espaço dedicado aos veículos clássicos. Chamada de Garagem VW – Part II, a área de 1.430 m² reúne as unidades zero-quilômetro e que também fizeram parte da frota de testes da engenharia. Ao todo, a história é contada por 36 modelos históricos.

A primeira Garagem VW, lançada em 2019, continua ativa e concentra diversos veículos especiais da marca, entre eles, os conceitos e os que participaram das edições do Salão do Automóvel de São Paulo. O acervo do fabricante soma mais de 100 carros, dos quais 58 estão distribuídos nas duas garagens.

Volkswagen Fusca

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Foi o modelo que iniciou as operações da Volkswagen no Brasil, em 1953, e à época montado em um galpão no bairro do Ipiranga (SP). A partir de 1959, passou a ser feito na unidade Anchieta, até 1986. Durante esse período, ele ganhou diferentes versões do motor de quatro cilindros refrigerado a ar, enquanto o câmbio era manual de quatro marchas e a tração traseira.

A produção encerrou no ano de 1986, mas retomada em 1993, a pedido do então Presidente da República Itamar Franco, e durou até 1996. Uma trajetória que soma mais de 3,1 milhões de unidades vendidas no Brasil.

Volkswagen Kombi

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A montagem começou no ano de 1953, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Contudo, a partir de 2 de setembro de 1957, a produção iniciou na Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, com 50% de componentes nacionais – índice que passaria a 95% em 1961.

O nome é uma abreviação de Kombinationsfahrzeug e à época do lançamento oferecia o propulsor de quatro cilindros Boxer (cilindros contrapostos) de 1.200 cm³ refrigerado a ar de 30 cv. A versão pick-up surgiu em 1967, com motor de 1.500 cm³ (potência bruta de 52 cv) e sistema elétrico de 12 volts. A opção do motor 1.6 a diesel veio em 1981 junto da carroceria cabine dupla.

Em 1982, foi introduzida a mecânica 1.6 a etanol de 56 cv. Além disso, a Kombi foi o primeiro utilitário nacional com catalisadores, em 1992, enquanto em 1997, a versão Carat trazia o teto mais alto (recurso que passou a ser adotado em toda a linha), a porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro.

Em 2005, o motor “a ar” foi substituído pelo “a água” 1.4 Total Flex da família EA111 e a produção durou até agosto de 2013. Para celebrar sua despedida foi lançada a versão especial Last Edition (1.200 unidades produzidas).

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Volkswagen Brasília

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O Volkswagen Brasília debutou em 1973 e o nome homenageava a capital do País. As linhas foram assinadas por Marcio Piancastelli e o projeto desenvolvido em torno da plataforma do Fusca.

O propulsor 1.600 foi introduzido em 1968 e rendia 60 cv de potência – em 1975, estreou com dois carburadores e 65 cv. Em segurança, o Brasília contava com painel acolchoado, freios a disco na dianteira e uma trava especial no capô, que foi desenvolvida para a absorver a energia nos casos de colisão.

O Brasília foi produzido até 1982 e totalizou 930.000 unidades vendidas. E o exemplar 1981 em exposição nunca saiu da Fábrica Anchieta. Ao todo, ele possui menos de 500 km rodados.

Volkswagen Variant II

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Apresentada em novembro de 1969, ostentava o nome utilizado pela Volkswagen na Alemanha para designar as peruas. E a nova geração chegou em 1977, com o nome Variant II.

A segunda fase trouxe algumas inovações técnicas introduzidas pelo Passat. Entre elas, a suspensão independente tipo McPherson na dianteira, o duplo circuito de freio, os pneus radiais de série e o limpador do vidro traseiro. O propulsor era o 1.600 cm³ de 67 cv (brutos), disposto na traseira. A produção ocorreu até 1981 e foram mais de 293 mil unidades vendidas.

Volkswagen SP

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Os Volkswagen SP1 e SP2 foram projetados, desenvolvidos e fabricados no Brasil. Assim como o Brasília, o design foi assinado por Marcio Piancastelli. E a apresentação dos modelos realizada em junho de 1972, enquanto o SP2 foi fabricado até 1976.

Com menos de 100 unidades produzidas, o SP1 é um modelo raro. E a unidade exposta de ano 1971 passou por diversos departamentos na Fábrica Anchieta e ficou guardado por anos. Após encontrado, foi totalmente recuperado e integrado ao Acervo da Volkswagen.

Volkswagen 1600

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Mostrado no Salão do Automóvel de 1968, o 1600 oferecia quatro portas e motor 1.6 com refrigeração a ar de 60 cv (potência bruta). Ele foi desenvolvido por engenheiros brasileiros e alemães e tinha fôlego para cravar 135 km/h de velocidade máxima. A produção durou até 1971 e da sua base nasceram quatro modelos: Variant, 1600 TL, SP1 e Brasília. Até o Fusca passou a ser produzido sobre esse chassi a partir de 1970, na versão 1500.

A unidade em exposição é 1970 e foi totalmente desmontada, reformada, repintada e montada.

Volkswagen 1600 TL

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O Volkswagen 1600 TL foi mostrado em agosto de 1970, como parte da linha 1971. A carroceria fast-back inicialmente tinha duas portas, enquanto o propulsor 1.6 com dupla carburação produzia 65 cv (potência bruta), com construção do tipo “plana” já introduzida pela Variant.

No fim de 1971, o modelo ganhou a carroceria de quatro portas e o 1600 TL foi produzido até 1976.

Volkswagen Gol

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O Volkswagen Gol foi apresentado à imprensa brasileira em 15 de maio de 1980. Lançado nas versões básica e L, ambas ofereciam o propulsor 1.3 refrigerado a ar de 42 cv emprestado do Fusca.

O Gol estreou posicionado entre a Brasília e o Passat, sendo que ao longo da sua trajetória debutou inúmeras versões, assim como as esportivas GT, GTS e a icônica GTI – o primeiro nacional com injeção eletrônica de combustível.

A segunda geração estreou em setembro de 1994 e ganhou o carinhoso apelido de “bolinha”.

O Gol GIII para alguns é o mais belo já idealizado e, em 2001, a versão com propulsor 1.0 16V representou o marco de 10.000.000 de Volkswagen produzidos no Brasil. Ela saiu da linha de montagem a coleção da marca.

Um feito foi realizado durante a quebra de recorde mundial de Endurance. Três unidades do Gol Power 1.6 participaram da prova no Autódromo de Interlagos (SP), sendo as únicas alterações a instalação da gaiola de proteção e dos faróis auxiliares de longo alcance.

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A equipe era composta por 120 pessoas, entre técnicos, pilotos, fiscais e organizadores. Foram selecionados 15 pilotos, rodando cerca de 1h30. Os carros rodavam 24 horas, sempre no limite. Após mais de oito mil voltas no Autódromo de Interlagos (SP), o terceiro Gol chegava à marca de 25 mil km rodados É esse o modelo exposto na Garagem VW, que mantém todos os adesivos originais do evento.

Volkswagen Passat

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O Volkswagen Passat debutou em 1974, apenas um ano após a chegada na Europa. As linhas são assinadas por Giorgetto Giugiaro e o modelo oferecia inovações técnicas à época. Entre elas, a carroceria monobloco, o motor instalado na dianteira com comando de válvulas no cabeçote, a suspensão dianteira com raio negativo e os freios com duplo circuito. Aliás, ele foi o primeiro veículo da marca com refrigeração líquida.

Ao longo dos anos, o Volkswagen Passat trouxe alterações mecânicas e novas opções de acabamento, como o Passat Surf, TS, LSE  (o “Passat Iraque”, criado para exportação e que passou a ser também vendido no Brasil) e Village.

A versão esportiva GTS Pointer foi introduzida em agosto de 1983, com suspensão recalibrada, rodas de liga-leve e bancos dianteiros Recaro. O Passat foi produzido até 1988 e somou mais de 675.000 unidades vendidas. Já o GTS Pointer exposto é uma das últimas unidades fabricadas na planta Anchieta, em 1988, e saiu da linha de produção diretamente para o Acervo VW.

Volkswagen Voyage

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O Volkswagen Voyage debutou em 1981 e inicialmente com duas portas nas versões S e LS, com propulsores 1.5 a etanol ou a gasolina. O câmbio era manual de quarta marchas. Em agosto de 1982, recebeu o 1.6 refrigerado a água ao passo que no ano seguinte estreou a carroceria de quatro portas e a série especial Los Angeles.

O visual mudou em agosto de 1986 e as nomenclaturas passaram a se chamar C, CL, GL e GLS. O Voyage passaria por nova mudança estética em 1991 e a produção durou até 1996. Nessa primeira fase, teve mais de 465 mil unidades vendidas. O Voyage foi relançado em setembro de 2008, sendo concebido, planejado e desenvolvido simultaneamente ao Novo Gol.

A unidade exposta, versão GL ano 1995, foi retirada da linha de produção diretamente para o Acervo da Volkswagen.

Volkswagen Parati

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A perua compacta apareceu em junho de 1982, já como modelo 1983, com motor de 1.6 refrigerado a água e três versões: S, LS e GLS. Sua primeira série especial, Parati Plus, foi adicionada à linha um ano depois. Em 1988 a versão GLS passou a oferecer motor 1.8.

A primeira grande alteração aconteceu em outubro de 1995, com o lançamento da linha 1996. O modelo ficou sete centímetros mais longo e oferecia motores com injeção eletrônica (monoponto no 1.6 e 1.8 e multiponto no AP-2000). As versões passaram a ser chamadas CLi, GLi e GLSi.

A Parati de terceira geração estreou em maio de 1999 exibindo o design renovado. Em maio de 2000, surge a 1.0 turbo 16V, com 112 cv.

A quarta geração da Parati chega com novos para-choques e com novo desenho na traseira, com lanternas e vidros maiores. Em 2006, todas as versões passam a ser equipadas com motor Total Flex e direção hidráulica de série.

Volkswagen Saveiro

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A Volkswagen Saveiro chegou em agosto de 1982. A fase dois debutou  em outubro de 1997, como linha 1998. Entre os atributos estava a capacidade de carga ampliada para 700 kg, assim como o opcional de duplo airbag dianteiro a partir de 1999. Em março de 2000, veio a terceira geração com alterações no design e propulsores 1.6, 1.8 e 2.0.

A Saveiro GIV estreou em 2006, enquanto a quinta geração da Saveiro apareceu 2009, a qual era baseada no Novo Gol e passou a oferecer a carroceria com cabine estendida.

Volkswagen Santana

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O Volkswagen Santana foi lançado em junho de 1984, com carroceria de duas ou quatro portas e versões CS, CG e CD. O propulsor 1.8 associado ao câmbio manual de cinco marchas (o automático era opcional) rendia 85 cv na versão a gasolina e 92 cv na a etanol. Em 1989, veio o propulsor AP-2000 e, em 1990, chegou a série especial Executive com injeção eletrônica de combustível.

No ano seguinte, o Santana ganhava a segunda geração, a qual se tornou o primeiro carro nacional equipado com catalisador e a oferecer os freios ABS opcionalmente. Em 1996 foi encerrada a oferta do câmbio automático, enquanto uma nova reestilização ocorreu em 1999. A produção do sedã terminou em 2006.

Volkswagen Santana Quantum

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O Volkswagen Santana Quantum apareceu em 1985 e foi a única perua a oferecer a praticidade das quatro portas. O modelo acompanhou as mudanças realizadas ao sedã Santana e saiu de cena, em 2003. A unidade, ano 2001, do acervo da Volkswagen do Brasil possui cerca de 97.000 km e pertenceu a frota de testes da Engenharia.

Volkswagen Apollo

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O Volkswagen Apollo foi apresentado à imprensa brasileira em junho 1990 e o nome inspirado no do deus grego e no da nave espacial norte-americana. O três volumes foi desenvolvido pela Engenharia da Autolatina sob o código Projeto Nevada.

Posicionado entre o Voyage e o Santana, tinha duas portas e motor AP1800, em posição transversal, que rendia 105 cv (etanol) e 92 cv (gasolina). As suspensões eram independentes MacPherson nos eixos dianteiro e traseiro. O modelo nasceu em versões GL e GLS, porém, a partir de 1991 ganhou a versão VIP. A produção até 1992 totalizou mais de 50.000 unidades vendidas. E o exemplar da foto foi retirado da linha de produção e preservado como zero-quilômetro.

Volkswagen Logus

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A Autolatina (união administrativa entre a Volkswagen e a Ford) foi oficializada em 1º de julho de 1987 e o Logus foi um dos primeiros carros da joint venture. Ele apareceu, em 1993, sendo baseado na plataforma do Ford Escort de quarta geração – que também deu origem ao Pointer.

Entre os pontos positivos, a carroceria media 4,28 m de comprimento e 2,52 m de entre-eixos ao passo que o porta-malas acomodava 416 litros (688 litros após o rebatimento do banco traseiro). As configurações à época eram CL 1.6, CL 1.8 AP, GL 1.8 AP e GLS 1.8 AP – o propulsor 1.6 era de origem Ford.

Para a linha 1994, foi introduzida a versão GLS 2.0 de 113 cv. E no mesmo ano, veio a série especial Wolfsburg Edition, a qual homenageava a Volkswagen Alemanha. Ao todo, 125.332 unidades foram feitas e a produção encerrou em dezembro de 1996. A unidade GLi é 1995, com motor 1.8 e rodou apenas 3.000 quilômetros em sua trajetória de carro de testes do departamento de Engenharia da Volkswagen do Brasil.

Volkswagen Pointer GTi

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O Pointer foi revelado em dezembro de 1993, como parte da linha 1994. Ele chegou com a pompa de primeiro hatchback de cinco portas e o design assinado por Luiz Alberto Veiga. O Pointer estreou em quatro versões e duas opções de motores. O CL e GL com o AP-1800 (sendo que a GL oferecia como opcional o AP-2000), a gasolina ou etanol. As potências eram de 86 cv (1.8 gasolina), 95 cv (1.8 etanol), 106 cv (2.0 gasolina) e 113 cv (2.0 etanol).

Já a configuração GTi era dotada do AP-2000 com injeção eletrônica e 115,5 cv. Ela também trazia freios a disco nas quatro rodas e suspensão com amortecedores pressurizados e molas mais firmes. A produção foi até dezembro de 1996 e totalizadas aproximadamente 37.000 unidades vendidas. A unidade em exposição, na cor Verde Taiti, ano 1995, saiu da linha de produção diretamente para o Acervo da VW.

Volkswagen BY

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Após o cancelamento do projeto, em 1987, a unidade sob o código interno BY é a única que resta. A proposta era ser um veículo de entrada e menor do que o Gol. Aliás, do qual herdava a parte dianteira da carroceria (da coluna B para a frente).

O BY apresentava inovações e, entre eles, o para-brisas colado à carroceria e o banco traseiro corrediço para preservar a capacidade do porta-malas – esse recurso foi empregado ao Fox. A suspensão traseira do BY tinha pontos de ancoragem diferentes do Gol.

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Uma das causas do cancelamento foi a escolha do motor 1.600 da família BX (Gol, Voyage, Parati e Saveiro), assim como os custos de produção e a proximidade do nascimento da Autolatina.

Volkswagen VEMP

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O VEMP (Veículo Militar Protótipo) foi desenvolvido para participar de uma licitação do Exército Brasileiro no início dos anos 1970. Ele adotava a construção do tipo carroceria sobre chassis e trazia um propulsor 1.6 a ar. Com sistema 4×4 e uma capacidade para puxar 500 kg, o VEMP tinha tração traseira com caixas de redução nas rodas, sendo a tração dianteira acionada sob por meio de uma pequena alavanca ao lado do câmbio.

Foram feitas duas unidades do Vemp. Sobre uma delas há poucas informações, estima-se que tenha sido desmontada. Já a unidade em exposição permaneceu na Anchieta e passou a ser utilizada internamente. Ela foi descaracterizada, recebeu rodas de liga leve e era utilizada para puxar uma carreta de peças. Por conta das poucas informações, o processo de restauração foi quase todo feito a partir de fotos de época.

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