Pela segunda vez em 2022, Thierry Neuville ganhou no Mundial de Ralis (WRC). O belga liderou uma dobradinha da Hyundai no Rali do Japão, depois de ter dominado e reagido bem aos desafios de um domingo que não foi nada fácil para os pilotos com a chuva a «baralhar» as contas.
Este domingo, o último dia da época começou com emoções fortes: Elfyn Evans (Toyota) venceu a PEC 15 (Asahi Kougen 1) 2,3s na frente do colega Sébastien Ogier e 3,4s acima de Neuville, ficando a 0,6s do belga na luta pela liderança. Porém, anti-clímax na especial seguinte em Ena City. Neuville foi o mais forte batendo Ogier por 2,6s, enquanto Ott Tänak (Hyundai) foi terceiro a 19,9s. Evans sofreu um furo que o despromoveu a quarto no rali. Neuville ficava com mais de um minuto de avanço e um novo perseguidor: Tänak.
Na PEC 17 (Nenoue Plateau), Ogier foi 4,6s mais velos do que Evans, com Neuville a ser quarto na frente de Tänak, ao passo que na segunda ida a Ena City marcada já pela chuva quando nem todos tinham os pneus apropriados foi Craig Breen (M-Sport Ford) a levar a melhor sendo 8,5s mais veloz do que Ogier. Tänak foi quarto e recuperou 14,9s a Neuville que foi quinto, mas a distância antes da Power Stage ainda era grande – superior a 50 segundos.
Deste modo, na classificação final do rali, Neuville ganhou com 1m11,1s de avanço sobre Tänak, sendo o pódio completado por Takamoto Katsuta (Toyota) a 2m11,3s. Ogier e Evans completaram o top cinco final.
Numa reviravolta final, Grégoire Munster (Hyundai) foi o vencedor para o WRC2 Open e para o WRC2 Junior. Depois de Emil Lindholm (Skoda) ser um líder sólido até à PEC 17, a chegada da chuva na PEC 18 levou Munster até à liderança: foi o mais forte da categoria nessa classificativa superando Heikki Kovalainen (Skoda) por 7,5s. O luxemburguês ainda se conseguiu distanciar com o quarto registo da PEC 19 para vencer 21,6s na frente de Suninen no que toca ao WRC2 Open. Lindholm foi terceiro do WRC2 Open e segundo do WRC2 Junior a 34,8s do vencedor, com Kovalainen em quarto do WRC2 Open e Sami Pajari (Skoda) em quinto do WRC2 Open e terceiro do WRC2 Junior.
O resumo do rali
Créditos da imagem: Hyundai Motorsport GmbH
O Rali do Japão voltou ao WRC depois de 12 anos de ausência e o início foi algo complicado. Na curta super-especial de abertura, Ogier tornou-se no primeiro líder ao bater Craig Breen (M-Sport Ford) por 0,1s. Os problemas começaram na primeira passagem por Isegami’s Tunnel na PEC 2. Dani Sordo viu o seu Hyundai desaparecer no meio das chamas e Ogier sofreu um furo que o afastou da luta pela vitória. Numa especial cumprida apenas por seis pilotos antes de ser cancelada, Kalle Rovanperä (Toyota) foi o mais veloz e assumiu o comando.
A PEC 5 trouxe mais uma troca na liderança, com Evans a passar para o topo onde se manteve até à PEC 11. Neuville andou sempre por perto e recuperou o comando na 12.ª especial – que, na verdade, foi a décima, uma vez que as PEC 3 e 7 foram canceladas… assim como a PEC 13. À entrada do último dia, Neuville tinha escassos quatro segundos de margem para Evans, numa luta que era a dois. Um dos que ficou afastado da luta depois de um forte início esteve Rovanperä, que furou na PEC 8.
Depois do atraso de Evans na PEC 17, Neuville só teve de gerir e nem mesmo a chegada da chuva nas últimas duas classificativas o afetaram. Tänak foi um tranquilo segundo classificado garantindo a dobradinha da Hyundai em casa da Toyota… cujo melhor piloto foi Katsuta a completar o pódio. Ogier e Evans garantiram que o construtor nipónico é o mais representado no top cinco final ao ficarem, respetivamente, em quarto e quinto na frente de Greensmith.
O WRC2 Open e o WRC2 Junior foram dominados por finlandeses. Lindholm liderou durante boa parte do rali, fora breves períodos em que esteve atrás de Pajari antes de este se começar a atrasar durante a manhã de sábado. Teemu Suninen (Hyundai) também esteve na contenda até ser penalizado em 50 segundos por se atrasar no controlo para a PEC 11.
A partir daí, Lindholm ficou muito bem colocado, com extensa margem, para ganhar nas duas subclasses dos Rally2. Pajari não teve quaisquer chances de fazer uma oposição ao compatriota. Quando se perspetivava um triunfo de Lindholm, a chegada da chuva na PEC 18 baralhou tudo e Munster aproveitou para triunfar no WRC2 Open e no WRC2 Junior.
Foi também a chance para Suninen recuperar de volta até aos lugares de pódio (apenas no WRC2 Open, uma vez que não está inscrito no WRC2 Junior) acabando em segundo depois de ultrapassar Lindholm na derradeira especial. Este, por seu turno, foi terceiro do WRC2 Open e segundo do WRC2 Junior, seguindo-se o antigo piloto de Fórmula 1 Kovalainen nas contas do WRC2 Open e Pajari no WRC2 Junior.
Top dez final:
