Logo da Tesla em Londres, Reino Unido
SAN FRANCISCO (Reuters) – As declarações de abertura do primeiro julgamento nos Estados Unidos sobre alegações de que o recurso de piloto automático do assistente de motorista da Tesla levou a uma morte estão marcadas para começar nesta quinta-feira, com o desfecho do processo podendo ajudar a moldar casos semelhantes em todo o país.
O julgamento, em um tribunal estadual da Califórnia, decorre de uma ação civil que alega que o sistema de piloto automático fez com que o carro Model 3 do proprietário Micah Lee desviasse repentinamente de uma rodovia a leste de Los Angeles a 105 quilômetros por hora, colidisse com uma palmeira e pegasse fogo, tudo no espaço de segundos.
A Tesla negou ser responsável, dizendo que Lee consumiu álcool antes de sentar ao volante. A fabricante de veículos elétricos também afirma que não estava claro se o piloto automático estava ativado no momento do acidente.
A Tesla vem testando e lançando seu piloto automático e o sistema Full Self-Driving (FSD) mais avançado, que o presidente-executivo, Elon Musk, considerou crucial para o futuro de sua empresa, mas que atraiu escrutínio regulatório e legal.
Os riscos são maiores no julgamento desta semana, e em outros casos, porque pessoas morreram. A Tesla e os advogados dos reclamantes discutiram sobre quais evidências e argumentos cada lado poderia apresentar.
A Tesla, por exemplo, venceu uma disputa para excluir algumas das declarações públicas de Musk sobre o Autopilot. No entanto, os advogados das vítimas do acidente podem argumentar que o teor de álcool no sangue de Lee estava abaixo do limite legal, de acordo com documentos judiciais.
O julgamento, no Tribunal Superior do Condado de Riverside, irá durar algumas semanas.
(Reportagem de Dan Levine em San Francisco)