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A China tem más notícias para a Tesla: o híbrido plug-in está superando o carro elétrico nas áreas rurais

A China é o maior mercado mundial de carros elétricos. Em 2023, incluindo as exportações, o país conseguiu colocar no mercado praticamente 9,5 milhões de carros plug-in. Destes, 6,68 milhões eram carros totalmente elétricos e cerca de 2,8 milhões eram híbridos plug-in.

O país se propôs a liderar o mercado de automóveis elétricos e, com o objetivo de avançar para transportes com emissões zero, pressionou os fabricantes a proliferarem automóveis 100% elétricos. Para conseguir isso, eles trabalharam em uma densa rede de fornecedores e acordos que garantiram uma cadeia de abastecimento muito forte.

Até agora, os consumidores receberam os carros elétricos de braços abertos. Mas no meio de uma desaceleração global neste tipo de tecnologia, cada vez mais cidadãos chineses começam a olhar de forma diferente para os híbridos plug-in.

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A China tem más notícias para a Tesla: o híbrido plug-in está superando o carro elétrico nas áreas rurais

(Imagem: Ihor Dvoretsky/Unsplash) O carro elétrico não é para todos

O que se passa na China é o mesmo que vemos na Europa, no Brasil e em praticamente todas as partes do mundo: o carro elétrico não é para todos. E essa visão está presente inclusive nas fabricantes, como a Toyota. Além dela, outras marcas japonesas também focam mais em híbridos por conta da preferência dos consumidores japoneses.

Embora um carro elétrico seja mais poluente em seu processo produtivo, o Xataka reportou em um artigo que, no longo prazo, ele é menos prejudicial ao meio ambiente do que um carro a combustão. Se as políticas visam simplesmente transportes mais limpos, o carro elétrico é a melhor solução. Na teoria…

O problema é que nem sempre o mais limpo é o mais prático. E é isso que a China está descobrindo agora, onde os carros elétricos estão a abrandar o seu crescimento, enquanto os híbridos plug-in começam a disparar as suas vendas (porém, que conste nos autos que o carro elétrico continua vendendo o dobro do que o híbrido plug-in).

a china tem más notícias para a tesla: o híbrido plug-in está superando o carro elétrico nas áreas rurais (Imagem: Reuters)

Todavia, no final de 2023, o jornal Nikkei apontava para esta mudança de tendência:

“Embora os veículos elétricos movidos a bateria estejam a liderar a transição graças ao amplo apoio político e às compras de frotas lideradas pelo governo, os dados de vendas sugerem que os consumidores estão cada vez mais a exigir vários tipos de veículos híbridos que queimam combustíveis fósseis.”

Estas são as palavras de Ernan Cui, analista da Gavekal Dragononomics, em declarações à imprensa japonesa. Essas afirmações são apoiadas por dados de vendas. Embora a procura por carros elétricos tenha registado um crescimento de 25% em 2023, os híbridos plug-in venderam 85% mais do que no ano anterior.

Um relato da Bloomberg mostra que, até agora, o comprador de carros elétricos na China tem se caracterizado por ter um poder aquisitivo médio-alto e viver em suas grandes cidades onde as tomadas não são escassas e onde se pratica a mobilidade em que o carro não é utilizado fora da cidade (com raras excessões). Assim, o elétrico acaba sendo realmente muito útil.

Porém, a Bloomberg também explica que a oferta de carros elétricos saturou as grandes cidades e que os clientes de cidades menores e também os que vivem em ambientes rurais precisam de outro tipo de veículo. É nesta realidade onde um plug-in híbrido se torna bem mais interessante do que o elétrico.

Em primeiro lugar, o híbrido é um tipo de automóvel com um preço médio inferior. Segundamente, se necessário, existe sempre a possibilidade de continuar a percorrer quilômetros com um motor de combustão puro. Este segundo ponto é essencial em ambientes onde há pouca ou nenhuma estação de recarga elétrica nas estradas.

Problemas para Tesla e outros

Este novo cenário representa um problema para alguns dos players mais relevantes do cenário dos carros elétricos na China. Obviamente, Tesla, NIO ou XPeng, empresas que só têm veículos elétricos no seu portfólio e que apostaram tudo nesta tecnologia, têm menos margem de manobra na hora de cativar novos clientes.

Quem pode estar mais interessada nesta mudança é a BYD. No ano passado, a gigante chinesa já conseguiu posicionar-se como a fabricante mais vendida na China e superar a Tesla na venda de carros puramente elétricos. A Bloomberg também aponta que é muito provável que a Li Auto se torne em breve a terceira fabricante mais poderosa da China, ultrapassando as já mencionadas NIO e XPeng.

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