Tesla: analistas do Wells Fargo incluem ações em lista de venda
Investing.com – Com o temor de um fraco primeiro trimestre para a Tesla (NASDAQ:TSLA), analistas do Wells Fargo (NYSE:WFC) decidiram adicionar as ações da empresa à sua lista de “shorts” (vendas a descoberto). E o banco não é a única instituição com uma visão pessimista antes dos resultados do primeiro trimestre da gigante dos veículos elétricos (VEs); diversos outros analistas também reduziram seus alvos do papel antes dos dados.
“A questão mais significativa e preocupante para a Tesla e seus investidores continua sendo a China, pois a crescente competição de veículos elétricos e uma guerra de preços persistente tornaram este mercado chave muito desafiador para a Tesla no último ano e especialmente neste trimestre”, escreveram os analistas da Wedbush.
Já o HSBC reiterou recentemente uma classificação de “abaixo da média” o preço-alvo de US$ 143 para a Tesla, cortando suas previsões e afirmando que modelos mais baratos da marca não estão necessariamente impulsionando volumes maiores.
“Cortamos nossas previsões para refletir cortes de preços mais profundos do que o esperado (cerca de 10% em vez de 5%). Podemos ver que esses cortes de preços podem ser suportados por melhorias de custos, mas não estamos convencidos de que a desvalorização contínua é o que o mercado deseja”, afirmou a empresa.
O Wells Fargo, por sua vez, reforçou seu pessimismo com a companhia. O banco adicionou suas ações em uma lista de ações para operar vendido no segundo trimestre de 2024 e manteve uma classificação de “abaixo da média”.
“Vemos um crescimento moderado nas entregas, devido à menor demanda e cortes de preços”, afirmou.
A estimativa de entrega do banco para o ano fiscal de 2024 de 1,8 milhão de unidades representa um crescimento nulo ano a ano e permanece 10% abaixo do consenso. O Wells Fargo explicou que permanece preocupado com as recentes tendências de estagnação em todas as três regiões-chave (EUA, UE, China).
O Wells Fargo observa que os cortes de preços permanecem um grande risco para a Tesla, enquanto vê um crescimento moderado dos lucros à frente. Os analistas também destacam as preocupações na China.
“Adoção de veículos elétricos estagnada nos EUA e na UE, com competição agressiva na China, deixam poucas alavancas imediatas para aumentar os volumes”, afirmaram. “A rápida redução de preço no Model 3/Y de alto volume no último ano rendeu retornos decrescentes; com apenas 3% de crescimento de volume em cortes de preços de 5% H/H no 2S23.”
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