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Toyota Yaris

Avaliação: Toyota Yaris X-Way segue receita do “aventureiro de fantasia”

O Toyota Yaris X-Way aposta no visual aventureiro, mas é totalmente urbano: não tem suspensão elevada e nem mesmo pneus de uso misto. Para alguns fãs do segmento, a aparência é mais que o suficiente

Toyota Yaris X-Way

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Roberto Assunção

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Na ausência de um SUV compacto em sua linha no Brasil – um problema que deve ser solucionado apenas no ano que vem – a Toyota aposta as suas fichas no novo Yaris X-Way. Diferentemente do Fiat Argo Trekking das páginas anteriores, o hatch japonês segue a receita de “aventureiro de fantasia”: tem adereços plásticos nos para-lamas e nos para-choques, além de rack de teto, rodas aro 15 em preto brilhante, frisos laterais e logotipos alusivos à versão na tampa do porta-malas e nos tapetes acarpetados.

Para uso urbano e sempre 1.5 automático, o X-Way é vendido em opção única de R$ 78.990, abaixo do Yaris XLS, de R$ 81.990, e perigosamente perto do Honda WR-V EX (R$ 82.500) – que têm suspensões de SUV de verdade, herdadas do irmão maior HR-V, e uma carroceria modificada, principalmente na dianteira, em relação ao Fit do qual deriva. É preço também de alguns SUVs compactos de entrada, mas os verdadeiros alvos da Toyota são mesmo os outros hatches aventureiros automáticos do mercado (leia mais sobre eles ao longo da matéria).

O visual externo todo descolado destoa do interior conservador, escurecido em relação aos das demais versões. A densidade das espumas dos bancos (de couro) coopera no conforto, principalmente em viagens mais longas, enquanto a ergonomia é prejudicada pela ausência do ajuste de profundidade da direção. O sistema multimídia Toyota Play+ Harman tem tela de 7” e interface razoável, mas é incompatível com Android Auto e Apple CarPlay. Ainda na cabine, um ponto alto está no assoalho traseiro plano, que deixa bom espaço para as pernas e os joelhos do quinto ocupante – o entre-eixos é de 2,550 m, contra 2,530 m do Honda Fit.

Como nem tudo são flores, críticas vão para os plásticos duros na região do painel e das laterais de portas, e também para o quadro de instrumentos que distorce a visualização nas suas extremidades. O ar é automático e a lista de equipamentos é boa, mas faz falta a função um toque na seta, útil em mudanças de faixa. Sob o capô, motor 1.5 aspirado e transmissão com relação continuamente variável (CVT). São 110 cv e 14,9 kgfm, quando abastecido com etanol. É a mesma unidadade do Etios, mas aqui recalibrada para entregar 3 cv e 0,2 kgfm de torque a mais.

Toyota Yaris X-Way – Equipamentos

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Roberto AssunçãoO interior não tem mudanças em relação às versões “normais”

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Roberto AssunçãoO cluster é simples, porém funcional

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Roberto AssunçãoO ar-condicionado é automático

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Roberto AssunçãoA central multimídia é ruim

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Roberto AssunçãoO rack de teto é discreto

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Roberto AssunçãoO porta-malas acomoda bons 310 litros

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Roberto AssunçãoQuem viaja no banco traseiro encontra um assento espaçoso e túnel central baixo, que favorece o conforto do eventual quinto ocupante

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O Yaris X-Way transmite logo de cara a impressão de qualidade ao volante. É tão correto, tão correto, tão correto…, que às vezes até irrita. Comedido nas respostas, o hatch aventureiro garante uma condução urbana sempre em giros baixos (em torno de 1.500 rpm), privilegiando o consumo. Afinal, um dos grandes pontos positivos desse tipo de transmissão está justamente na economia de combustível. Nos trajetos urbanos, com trânsito livre, fizemos média de 10 km/l; na estrada, superamos 13 km/l (com gasolina).

Uma pequena dose de tempero na condução do Toyota está na possibilidade de trocar sequencialmente as sete marchas simuladas, pela alavanca ou pelas aletas no volante. Mas a direção é um pouco anestesiada e poderia ser mais direta (1,75 volta de batente a batente). Já as suspensões são bem calibradas, mas, como tem os mesmos 15 cm de vão livre dos Yaris normais, é preciso cuidado para evitar raspar o assoalho do carro ou a dianteira no uso em estradas ruins.

Ao menos elas filtram e absorvem bem as irregularidades do asfalto, e ainda têm amortecedores dianteiros com stop hidráulico – ao cair em buracos, não se sente batidas secas. Os pneus Bridgestone não são mistos, sendo projetados apenas para uso no asfalto, e têm baixa resistência ao rolamento. Do lado negativo, nas curvas a carroceria rola um pouco além da conta devido às excessiva maciez de rodagem. O isolamento acústico também não é muito bom e, acima de 4.000 rpm, o barulho do motor invade a cabine – mas ao menos não há ruídos aerodinâmicos (mais comum em SUVs de verdade). Os airbags apenas dianteiros e os freios a tambor no eixo traseiro são decepções em um carro de R$ 79 mil.

Esse Yaris X-Way é, como dissemos, um aventureiro para inglês. Mantém muitas das boas qualidades do hatch japonês, como a boa lista de equipamentos e a correção mecânica, somando a elas um visual bem mais jovial, aventureiro – que se destaca bem das demais versões. Não vai agradar a todos, mas para muitos consumidores isso já basta.

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Ficha técnica:

Toyota Yaris X-Way

Preço básico: R$ 78.990
Carro avaliado: R$ 78.990
Motor: quatro cilindros em linha 1.5, 16V, DOHC, duplo comando variável
Cilindrada: 1496 cm³
Combustível: flex
Potência: 105 cv (g) e 110 cv a 5.600 rpm (e)
Torque: 14,3 kgfm (g) e 14,9 kgfm a 4.000 rpm (e)
Câmbio: automático CVT (continuamente variável), sete marchas simuladas, modo M Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,145 m (c), 1,730 m (l), 1,490 m (a)
Entre-eixos: 2,550 m
Pneus: 185/60 R15
Porta-malas: 310 litros
Tanque: 45 litros
Peso: 1.135 kg
0-100 km/h: 11s8 (e)
Vel. máxima: 173 km/h (e)
Consumo cidade: 12,6 km/l (g) e 8,8 km/l (e)
Consumo estrada: 13,8 km/l (g) e 10 km/l (e)
Consumo médio: 9,3 km/l (e) e 13,1 km/l (g)
Emissão de CO²: 101 g/km
Nota do Inmetro: B
Classificação na categoria: B (Médio)

AVALIAÇÃO
Motor 4
Câmbio 4
Desempenho 3
Consumo 4
Segurança 4
Equipamentos 4
Multimídia 2.5
Conforto 3
Porta-malas 3.5
Prazer ao dirigir 3

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