Raúl Fernández e o ‘destino’ que o levou a trabalhar com a Aprilia
Em entrevista ao canal de YouTube PecinoGP, o jovem espanhol fez questão de expressar gratidão pelo interesse do diretor-executivo da Aprilia Racing, Massimo Rivola, nos seus serviços: ‘A verdade é que estou muito grato, porque é verdade que foi das primeiras pessoas que se interessou por mim para subir ao MotoGP. Mas a minha situação com a KTM impedia-me de ouvir ofertas e no final de contas pelo destino […] a verdade é que acabei a trabalhar com eles’.
Para Fernández, Rivola trata-se de uma pessoa que sempre o apoiou, descrevendo-o como um bom conselheiro e detetor de jovens talentos: ‘O Massimo é uma ótima pessoa, pelo menos a mim como piloto sempre me deu muita tranquilidade e sempre me deu muito apoio. E estou super contente por finalmente trabalhar com ele, porque creio que é um bom conselheiro e caçador de talentos. Uma pessoa como o Massimo, que veio da F1, esteve escola Ferrari, tem muitos anos de experiência nos carros, e creio que nas motos também vão nesse estilo e no fim de contas um piloto é um piloto faça o que fizer’.
As primeiras abordagens de Rivola ao #25 aconteceram ainda na fase inicial da época de 2021 do Moto2, quando o piloto ainda nem sequer pensava em subir ao MotoGP – como o próprio revelou: ‘Bem, no fim de contas creio que há uma carência de pilotos e logo que um se sai muito bem e faz uma corrida muito boa, as fábricas colocam-se em contacto. Querem pilotos jovens, sangue novo. Então, falou com o meu empresário, mas a verdade é que não sei nada das conversas: eu estava focado. Creio que soube em Jerez, já tinha feito algumas corridas no Moto2, mas a minha mentalidade era ficar outro ano no Moto2 – eu queria lutar por um título’.
Neste aspeto, Fernández estabeleceu mesmo um ponto de comparação com o seu colega em 2021 e 2022: ‘Comparo um pouco com o Remy [Gardner]. O Remy, nesse ano que foi campeão do mundo, começou com a mentalidade de querer lutar e eu comecei para um ano a desfrutar acontecesse o que acontecesse. Quando pensas assim, pensas também em subir ao MotoGP no ano seguinte; eu pensava num ano de luta no Moto2 e depois subir ao MotoGP. Nessa época a minha mentalidade não era para subir ao MotoGP; este ano pode acontecer seja o que for e no próximo se chegar aqui por sorte e puder continuar na minha equipa, veremos se conseguimos lutar por um Mundial’.