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Verstappen controla rivais e vence GP da China de trapalhadas. Norris acerta tática e fica em 2º

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Se havia temor quanto aos pneus, a Red Bull tratou de mostrar que seria preciso mais algum fator para tirar a vitória do GP da China das mãos de Max Verstappen. O neerlandês controlou a vantagem estabelecida no início da prova deste domingo (21) e recebeu a bandeirada em primeiro pela 58ª vez na carreira na Fórmula 1.

Como era esperado, os pneus apresentaram alto desgaste, mas nada capaz de atrapalhar a performance dos carros taurinos. O que fez diferença, na verdade, foram as intervenções do safety-car por conta das trapalhadas causadas pelos fiscais, que não conseguiam tirar o carro parado de Valtteri Bottas da área de escape quando o finlandês abandonou, e de Lance Stroll e Kevin Magnussen ao acertarem os carros da RB no freia/acelera da relargada.

O primeiro carro de segurança abriu, por exemplo, a janela ideal de parada para Lando Norris e Charles Leclerc, que resistiam bem na pista com pneus médios de 17 voltas até então. No segundo, porém, foi a vez da Red Bull optar pela bola de segurança e trazer tanto Verstappen quanto Sergio Pérez para mais uma parada para neutralizar qualquer ameaça dos carros de McLaren e Ferrari.

Só que a estratégia deu certo para Norris, que ficou com Leclerc entre ele e Pérez e imprimiu ritmo forte o bastante para não ser ameaçado pelo mexicano. Verstappen, por sua vez, rumou tranquilo para mais uma bandeirada.

Leclerc ficou em quarto, terminando à frente de Carlos Sainz. George Russell conseguiu levar a Mercedes ao sexto posto, à frente de Fernando Alonso, que deu trabalho e apostou em uma estratégia ousada com pneus macios após o safety-car. Oscar Piastri — com o carro avariado após o incidente entre Stroll e Ricciardo —, Lewis Hamilton e Nico Hülkenberg fecharam a zona de pontos.

A Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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Verstappen controla rivais e vence GP da China de trapalhadas. Norris acerta tática e fica em 2º

Confira como foi a corrida da F1 em Xangai:

Os carros alinharam para a disputa as 56 voltas da corrida chinesa com duas mudanças. A primeira no grid, uma vez que Logan Sargeant teve de partir do pit-lane após a Williams mexer nas asas e no acerto da suspensão do FW46 do americano. Nada, no entanto, capaz de interferir na ordem dos pilotos, já que Sargeant era apenas o 20º e último colocado.

A segunda, contudo, era mais importante e implicava diretamente em todas as equipes: por questões de segurança, a Pirelli optou por aumentar a pressão mínima dos pneus, mas o ajuste causaria um desgaste ainda maior de uma borracha que já merecia atenção por conta da abrasividade do asfalto chinês. Um fator, portanto, capaz de mexer com a performance de algumas equipes.

Preocupação também com Alonso, alinhado em terceiro. Já no grid, a Aston Martin trabalhava intensamente para reparar danos no assoalho do carro #14, o que já levantava incertezas das condições de ritmo de corrida do bicampeão. Ontem, na sprint, Alonso teve um furo de pneu após toque com Sainz e abandonou.

Com 19°C de temperatura, 31°C no asfalto e 65% de umidade relativa do ar, boa parte escolheu os médios para o primeiro stint, alternativa padrão da Pirelli para a prova da China. Apenas Stroll, Hamilton, Yuki Tsunoda, Sargeant — de macios — e Magnussen — de duros — buscaram outra rota.

Luzes apagadas, e Verstappen saltou perfeito, como de costume, só que Alonso aproveitou o lado limpo e conseguiu surpreender Pérez, assumindo a segunda colocação na primeira curva. Os carros da McLaren, por sua vez, mantiveram as posições, em quarto e quinto, enquanto a dupla da Ferrari brigava entre si e era superada por Russell e Hülkenberg, tendo de remar ainda mais para brigar pelo pódio.

De pneus macios, Hamilton começava as reclamações já na segunda volta. “Não estou conseguindo nada com esse pneu”, bradou o britânico, sem muitas opções de compostos novos de outros tipos nas garagens. E Verstappen, na frente, já colocava 1s por volta de diferença.

Já na segunda volta, as Ferrari de Leclerc e Sainz superavam a Haas de Nico e subia para sétimo e oitavo, respectivamente. Enquanto isso, Alonso resistia bravamente aos ataques de Pérez, com um carro infinitamente superior, na defesa da segunda colocação. E Checo precisou ir até a abertura da volta 5 para conseguir a manobra.

O próximo seria Norris, e mais uma vez o veterano fez o possível para segurar o posto, mas o McLaren rendia mais que o Aston Martin. Lando só precisou esperar o melhor momento para deixar Fernando para trás.

No giro 9, Leclerc efetuou belíssima manobra sobre Russell pelo lado de fora na curva 1. No mesmo instante, a movimentação nos boxes começou, com Tsunoda, Hülkenberg e Guanyu Zhou efetuando as trocas. Bottas, Stroll, Esteban Ocon, Alexander Albon e Hamilton foram na seguinte, e detalhe: como a Haas chamou Nico antes, o alemão conseguiu ganhar a posição de Valtteri graças ao undercut.

Volta 12, e mais uma rodada de pits, agora com Alonso e Russell. A Alpine também chamou Pierre Gasly, mas o pit-stop do francês foi um completo desastre: 19s, enterrando qualquer chance de vislumbrar a zona de pontuação após enfim conseguir uma classificação decente. Depois, o replay mostrou o piloto sendo liberado, porém o pneu traseiro direito ainda não tinha sido trocado. O mecânico chegou a cair na arrancada do carro #10.

Mais dois giros, e foi a vez dos ponteiros entrarem nos boxes. A Red Bull, para variar, um verdadeiro relógio, com paradas de 2s1 e 2s para Verstappen e Pérez, que voltaram em terceiro e quinto, respectivamente, com Piastri e Sainz entre eles. Na frente, Norris aproveitava as paradas para liderar a prova, tendo Leclerc logo atrás. Só que Max não esperou a Ferrari chamar o monegasco para recuperar o segundo posto, em pela ultrapassagem na curva 6.

A parada da Ferrari começou na volta 18, primeiro com Sainz. Na pista, apenas Norris e Leclerc mantinham-se com o mesmo jogo de pneus médios da largada. Pouco antes, a equipe italiana questionava o monegasco sobre a estratégia. “Que tal o plano D?”, possivelmente indicando se valeria arriscar novamente uma parada, como no Japão. Atenta, a McLaren informava Norris da comunicação interna.

Enquanto Verstappen retornava à liderança na volta 19 sem dificuldades, o motor do carro de Bottas morria no meio da corrida. O piloto da Sauber parou na curva 11, porém chamou atenção a demora da direção de prova em ao menos acionar dupla bandeira amarela. Valtteri ficou algum tempo parado ao lado do carro com a prova ali, acontecendo normalmente.

Enfim, o safety-car virtual entrou em ação, e a Ferrari correu para chamar Leclerc. A McLaren também conseguiu aproveitar a intervenção, já que há uma redução drástica de velocidade na prova. E tudo parecia correr dentro da normalidade, só que os fiscais de pista não conseguiam ir nem para frente, nem para trás com o carro verde e preto, numa cena bizarra. Não houve, portanto, alternativa a não ser colocar o carro de segurança na pista.

Como também de praxe, o safety-car abriu mais uma janela de pits, e a Red Bull tratou de chamar os dois carros mais uma vez — até porque, Ferrari e McLaren teriam certa vantagem sobre o mexicano para embaralhar a briga pelo segundo lugar.

A relargada foi autorizada no giro 27 de 56, com Alonso em sexto de pneus macios, enquanto os demais à sua frente com os compostos duros. Só que antes de cruzarem a linha branca dos boxes, a confusão foi tamanha: no acelera/desacelera, Stroll encheu a traseira de Ricciardo, que chegou a levantar e quase levar Piastri junto. Magnussen também acertou Tsunoda. Safety-car novamente em ação, com Daniel e Lance sobrevivendo ao caos, enquanto Yuki abandonou.

A confusão colocou Hamilton — em reclamações sem fim pelo rádio — em 11º, agora em condições mais concretas de pontuar, principalmente por ter a Haas de Hülkenerg logo à frente e Ricciardo, que dificilmente não teria problemas após a pancada sofrida.

No final da volta 31, Verstappen enfim pôde dar pé, reconduzindo a fila sob bandeira verde. Norris, Leclerc, Pérez, Alonso — de pneus macios, ganhando a posição de Sainz antes do segundo safety-car — Sainz, Russell, Piastri, Hülkenberg e Ricciardo completando o top-10.

Não demorou, porém, para Ricciardo perder rendimento, o que já era esperado. A RB, então, chamou o australiano aos boxes para a retirada definitiva. Na pista, Stroll e Magnussen travavam belo duelo para ver quem não seria, portanto, o último colocado, só que a Aston Martin resolveu chamar o canadense aos boxes para mais uma troca — a quarta. De quebra, pagou os 10s recebidos pelo incidente com Ricciardo.

Na briga pelo pódio, Pérez iniciou a caça a Leclerc. O piloto da Ferrari lutou muito, mas não tinha o que fazer. A ultrapassagem aconteceu na volta 39, e logo Charles reclamou do desempenho dos pneus duros pelo rádio.

Mas ao contrário do que se esperava, Pérez não conseguiu chegar em Norris. Pouco mais atrás, já com desgaste alto, Alonso retornou aos pits para nova troca, agora médios. Na escalada rumo novamente à zona de pontos, na volta 49, o espanhol quase perdeu o carro exatamente do mesmo jeito de Sainz no treino livre, mas teve braço para impedir a rodada. No giro seguinte, efetuou manobra sobre Piastri, subindo para sétimo.

No fim da corrida, enquanto o live timing da F1, colocava Norris em primeiro, claramente com problemas, teve uma bela cena envolvendo Zhou, piloto da casa, que brigou bastante para pontuar diante da torcida, porém terminou em 13º. Mesmo assim, isso não impediu a torcida local de ovacionar seu representante, que não segurou as lágrimas, abaixado na pista diante do carro.

F1 2024, GP da China, Xangai, Final:

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