O programa do governo que dá descontos para a compra de carros contribuiu para a venda de 125 mil veículos, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O governo federal encerrou o programa que dá benefícios fiscais às montadoras.
Segundo o ministério, as empresas utilizaram R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões disponíveis com os benefícios. Os R$ 150 milhões restantes serão usados para “compensar a perda de arrecadação de impostos provocada pelos descontos no preço final”.
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, comemorou os dados do programa que dá descontos em carros para a classe média.
Segundo ele, das 125 mil unidades vendidas, 95 mil foram para pessoas físicas. O desconto mínimo foi de 1,6% e o máximo de 11,6%, ou de R$ 2.000 a R$ 8.000. Segundo ele, as empresas também fizeram descontos, o que possibilitou cortes de 14%, 16% e até 21% no valor.
Alckmin disse que o programa foi criado diante da “gravidade” que estava o setor automobilístico. Afirmou que as montadoras representam 20% da indústria manufatureira, o que contribui para 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos. Defendeu que está com 50% de ociosidade por causa do acesso ao crédito.
O vice-presidente declarou que será possível reduzir a taxa básica, a Selic, para baratear os juros. “Nós estamos otimistas que possa cair a taxa Selic e isso vai se resolver, mas durante esse período se fez o crédito tributário para estimular a venda de veículos”, declarou.
Ao todo, foram 9 montadoras que participaram do programa, com 117 modelos de automóveis.
Leia abaixo quanto cada montadora ganhou de benefício tributário:
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Alckmin declarou que R$ 500 milhões de crédito tributário que beneficiaram pessoas físicas. Segundo ele, o dia 30 de junho registrou o recorde diário de carros emplacados.
O vice-presidente declarou que, nos últimos dias de junho, 79.000 carros foram faturados nas montadoras, mas ainda não houve o emplacamento. O processo vai ajudar no desempenho do crescimento das vendas em julho.
PRODUÇÃO DE VEÍCULOS
O programa de descontos começou em 6 de junho. A Volkswagen paralisou, temporariamente, a produção de veículos em 27 de junho em 3 fábricas de Taubaté (SP), São Bernardo do Campos (SP) e São José dos Pinhais (PR). Justificou a medida com a “estagnação do mercado”.
No dia seguinte (28.jun.2023), a GM (General Motors) anunciou que diminuiu o ritmo de produção em suas fábricas de São José dos Campos (SP) e Mogi das Cruzes (SP) por 5 meses. O motivo é assegurar a sustentabilidade dos negócios no Brasil e ajustar a produção à demanda do mercado.
Nesta 6ª feira (7.jul.2023), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou que a produção de veículos caiu 17% em junho ante maio.
ALÉM DE CARROS
O governo também concedeu R$ 700 milhões às montadoras de caminhões e R$ 300 milhões às empresas que produzem ônibus e vans. Ao todo, o Tesouro Nacional deixará de arrecadar R$ 1,8 bilhão. O programas para estes veículos continua.