Automobilismo

Esportes

Fórmula 1

Prema prevê início difícil na Indy, mas afirma: “Não viemos só fazer número”

prema prevê início difícil na indy, mas afirma: “não viemos só fazer número”

Tradicional nos campeonatos de base na Europa, a Prema acredita que pode ser uma das equipes de ponta da Indy no futuro. Após anunciar que terá dois carros na categoria a partir de 2025, René Rosin, chefe do time, crê em dificuldades no início da jornada, mas diz que “paciência e determinação” serão fundamentais para alcançar as primeiras colocações.

Em entrevista coletiva realizada no Indianápolis Motor Speedway nessa quarta-feira (10), o dirigente explicou algumas das razões pelas quais a Prema precisará de tempo para se adaptar à categoria, que tem dinâmica diferente de prova, além dos circuitos ovais, onde o time não possui experiência.

Outro processo importante será a adaptação dos funcionários ao trabalho, que deve mesclar nomes que já atuam com a Prema na Europa com engenheiros e mecânicos que a equipe contratará nos Estados Unidos — com Piers Phillips, com passagem por Schmidt Peterson e Rahal Letterman Lanigan, que chefiará o programa. Entretanto, Rosin pensa que esse choque de cultura possa promover soluções interessantes.

“Quando entramos em um campeonato, não queremos fazer apenas número ou estar por estar. Nosso desejo é ser protagonista, tão logo estejamos prontos para isso. A virada de 2024 para 2025 será o tempo certo na questão de estrutura para montar nossa aventura aqui nos Estados Unidos”, apontou.

prema prevê início difícil na indy, mas afirma: “não viemos só fazer número”

Piers Phillips, líder do programa da Prema na Indy, René Rosin, chefe da Prema, e Jay Frye, presidente da Indy (Foto: IndyCar)

“Será um grande desafio estar no topo do automobilismo, e, claro, teremos algumas dificuldades em organização, planejamento e engenharia. Com paciência e determinação, acho que alcançaremos o sucesso. Teremos um 2025 de aprendizado. Precisamos entender a complexidade de correr em ovais, mistos e circuitos de rua. Ansioso para ver como as mentes europeias e norte-americanas vão nos trazer novidades nesse campeonato”, prosseguiu.

O chefe da Prema indicou que a iniciativa promoverá a carreira de alguns pilotos, que poderão seguir suas jornadas como profissionais no automobilismo norte-americano, mas explicou que a chegada à Indy vai além: elevar o patamar do grupo. O dirigente argumentou que o ingresso ao mercado norte-americano faz os negócios da equipe se tornarem globais.

“Como disse antes, esse é um grande desafio, algo que nos coloca em outro nível, outro continente. Alcançamos todas as categorias possíveis fora da Fórmula 1, estamos do kart à Fórmula 2 e temos uma parceria técnica no Mundial de Endurance [WEC] com o LMDh [da Lamborghini], então, isso [ir à Indy] é algo que procurávamos para expandir nossas fronteiras e nos transformarmos em um grupo global”, revelou.

Já proprietária de dois chassis Dallara IR-18, a Prema não descarta a hipótese de fazer uma parceria técnica com outra equipe, seja nos moldes da Penske com Foyt ou Andretti com Meyer Shank, que compartilham dados de engenharia, ou como faz Dale Coyne e Rick Ware, que são sócias no carro 51.

prema prevê início difícil na indy, mas afirma: “não viemos só fazer número”

A Prema vai estrear na Indy em 2025 (Foto: Prema)

Rosin também deixou em aberta a possibilidade de montar uma estrutura para correr na Indy NXT, categoria de base que compartilha boa parte do calendário com a Indy. Entretanto, o dirigente deixou claro que ambas hipóteses serão analisadas e discutidas mais à frente.

“Estamos abertos para avaliação [fazer parceria com alguma equipe]. Queremos realizar o melhor possível do nosso lado. Quando for o momento de discutir isso, assim faremos. Primeiro é analisar todas as possibilidades e decidir o que for melhor”, pontuou.

“Temos de manter os olhos abertos [para a Indy NXT] e ver o que o mercado vai demandar. No momento, já temos o suficiente na mesa. Procuramos melhorar e maximizar os esforços e resultados para isso”, comentou.

A Indy planeja anunciar em breve um sistema de charter, similar ao praticado pela Nascar, para a temporada 2025. Em declarações recentes, Mark Miles, CEO da Penske Entertainment, proprietária da Indy, disse que a proposta deverá contemplar a 25 carros com vagas em todas as corridas do campeonato, sendo que, com exceção das 500 Milhas de Indianápolis, cada GP teria 27 lugares no grid.

prema prevê início difícil na indy, mas afirma: “não viemos só fazer número”

René Rosin é chefe de equipe da Prema (Foto: Reprodução)

Estas vagas via charter seriam distribuídas para as equipes que disputam a temporada de 2024 da Indy e que todos os carros estariam contemplados, exceto dois da Ganassi, que disputa o campeonato atual com cinco bólidos. Se a proposta for adiante, a Prema não faria parte desse grupo e ainda inflaria o grid para 29. Caso isso tudo se confirme, o time teria de disputar a classificação nas etapas contra dois representantes da Ganassi, uma das equipes mais vitoriosas da história. Seriam quatro concorrentes para duas vagas, uma percentual bastante arriscado.

Perguntando se o sistema charter pode influenciar nas decisões futuras da Prema, Rosin despistou. “O sistema de charter é algo que está na mesa, que soubemos durante as discussões com a Indy. Primeiro, quero entender como vai ser e o que poderemos fazer para prosseguir”, concluiu.

 Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

 Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.

TOP STORIES

Tin công nghệ, điện thoại, máy tính, ô tô, phân khối lớn, xu hướng công nghệ cập nhật mới nhất