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Mercedes estuda entregar melhores motores para Aston Martin e abandonar F1 2023

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Apenas uma corrida passou, mas a situação da Mercedes na temporada 2023 da Fórmula 1 já se aproxima de algo dramático. Mesmo após se livrar dos quiques que tanto macularam o desempenho de 2022 e vistos como culpados pela distância na briga pelo título, o carro continua sem velocidade suficiente para duelar. O pessimismo está instalado, com direito a Toto Wolff e George Russell especularem sobre a possibilidade da Red Bull ganhar todas as corridas do ano. Com isso, a companhia já estuda abandonar a busca pelos melhores resultados possíveis ao longo desta temporada e, em vez disso, ceder os melhores motores produzidos para a Aston Martin.

A informação é do site espanhol The Objective, por meio do veterano jornalista e repórter com décadas de experiência na F1, José Zapico. Segundo ele, a Mercedes matriz, mãe da AMG, que toca a equipe de F1, recebeu o aviso de que o time tem as próximas duas corridas, GPs da Arábia Saudita e Austrália, para mudar visivelmente a situação ou a maior atenção deve se voltar à Aston Martin.

Mas por que a Aston Martin? A resposta é simples: a Mercedes é acionista minoritária da fábrica inglesa. No ano passado, quando o PIF (fundo nacional de investimentos da Arábia Saudita) comprou 17% da marca e se tornou a segunda maior sócia, atrás somente do consórcio Yew Tree, de Lawrence Stroll, a Mercedes-Benz ainda detinha pouco menos de 10% das ações, configurando-se como terceira maior acionista.

Só que o repórter indica que a situação é tensa nos bastidores da fábrica da Mercedes, em Brackley. Primeiro que há possibilidade grande da Mercedes mudar totalmente o conceito do carro muito em breve, com direito a novo design já até testado pela primeira vez no túnel de vento, e que a impressão geral é que demissões estão prestes a acontecer, sobretudo na área de aerodinâmica. Por seu lado, o pessoal do setor diz que usam ferramentas já obsoletas, algumas sem atualizações desde 2014.

mercedes estuda entregar melhores motores para aston martin e abandonar f1 2023

Toto Wolff reconheceu que a Mercedes está em maus lençóis em 2023 (Foto: Mercedes/Sebastian Kawka)

Mas como beneficiar a Aston Martin? O que se sabe é que fábricas que contam com equipe própria e também fornecem motores para rivais ficam com os melhores motores para si. Não se trata de algo imoral ou incomum, mas totalmente normal no esporte. Apesar de produzidos na mesma linha de montagem, os motores têm diferenças entre si. No caso da Mercedes, os que atingem os melhores números ficam em casa; os segundo melhores, vão para a Aston Martin. McLaren e Williams são as outras que recebem os propulsores.

A Mercedes é quem fornece os motores para o time que conta com Fernando Alonso e Lance Stroll no cockpit, e está disposta a inverter a ordem: entregar os melhores para a Aston Martin e ficar com os segundo melhores. Na prática, deixando o campeonato de lado. A estimativa é que o motor usado por Lewis Hamilton no GP do Bahrein entregasse cerca de 4 cv de potência a mais que os de Alonso. Está perfeitamente dentro da margem do aceitável, e as equipes clientes sabem como funciona.

Ainda segundo Zapico, uma fonte na Mercedes disse que Alonso tem mostrado, desde os testes, ser o piloto que usa o motor alemão de maneira mais eficiente, ao menos no traçado do Bahrein, o chamado mapa de entrega e recuperação de energia, fundamental para estes propulsores híbridos.

A Aston Martin mostrou potencial grande na abertura do campeonato e teve o segundo melhor carro do grid em ritmo de corrida, atrás apenas da Red Bull. Alonso foi ao pódio, superando os dois rivais da Mercedes e Carlos Sainz, da Ferrari. Há uma curiosidade geral para saber como o carro vai render na Arábia Saudita e Austrália, duas pistas muitas distintas do Bahrein e entre si. É um período chave para a tomada de decisões da Mercedes.

A Fórmula 1 continua a temporada com o GP da Arábia Saudita, no circuito de rua de Jedá, entre os dias 17 e 19 de março.

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