KTM RC16, a máquina que mais evoluiu face à Ducati Desmosedici
Quem está na mó de baixo é nesta fase a Yamaha e a Honda, no ano em que a Suzuki saiu de cena. O protagonismo tem estado nas construtoras europeias, que têm ditado o rumo do sucesso na classe rainha: a Ducati com um domínio acentuado nos mundiais de pilotos, de equipas e construtores, a Aprilia com o desempenho espetacular de Aleix Espargaró em 2022 e agora a KTM com um desempenho claramente melhor que nos últimos anos.
Os sinais de crescimento da KTM têm reflexo nos números dos seus pilotos. Jack Miller é sétimo no mundial e à suia frente tem cinco pilotos Ducati e, claro, um KTM, Brad Binder. O australiano é agora quarto classificado após oito rondas e tem apresentado um desempenho regular, quatro pódios em seu nome com o campeonato ainda nem a meio. De resto, outro sinal evolutivo da KTM vem da análise às vitórias nas corridas Sprint, onde a Ducati ganhou seis de oito corridas, com as outras duas vitórias a terem a chancela da KTM, através de Brad Binder.
Mas o sinal mais visível tem chegado nas corridas, onde a KTM tem tido arranques estrondosos, e tanto por Jack Miller como por Brad Binder, que quando arrancam das primeiras duas filas conseguem desde logo ganhar vantagem na abordagem à primeira curva. Em 18 largadas este ano, incluindo duas bandeiras vermelhas, a KTM conseguiu oito holeshots, o que comprova o poderio da RC16 nas largadas.
Ver uma ou duas KTM na luta pelo topo no primeiro setor é algo que este ano tem sido habitual. Sem Suzuki e com Honda e Yamaha numa fase menos competitiva, têm sido as construtoras europeias a ditar o andamento no MotoGP, com a Aprilia a tentar retomar os desempenhos do ano passado, no qual venceu uma corrida e teve os dois pilotos oficiais no pódio.