E enfim veio o fim de semana de Isack Hadjar na Fórmula 2 — finalmente porque, no ano passado, o francês ficou apenas na promessa limitado por uma Hitech instável, mas também pagou o preço comumente cobrado aos novatos na categoria. Mesmo assim, sobreviveu ao moedor de carne da Red Bull e foi o único a permanecer no programa dos seis que no grid estavam em 2023 (Ayumu Iwasa foi para a Super Fórmula).
Este ano, o agora veterano Hadjar tem apenas a companhia do estreante Josep María Martí para vestir as cores dos taurinos na Campos e se lançar à batalha. E na verdade, nem é surpresa ver que o jovem nascido em Paris continuou na academia de Milton Keynes, pois Helmut Marko, que é o responsável pelo gerenciamento dos pilotos, nunca escondeu certa predileção por Isack. Até apelido recebeu do consultor, e que apelido: ‘Pequeno Prost’.
Vejamos as etapas realizadas até aqui. Na sprint do Bahrein, travou bom duelo pelo pódio contra Martí, mas terminou em quarto — resultado que de maneira nenhuma deve ser encarado como negativo, uma vez que Isack foi nono no grid por conta da inversão. Na corrida principal, partiu bem melhor que Gabriel Bortoleto, pole-position, mas acabou tocado pelo brasileiro na curva 1 e abandonou.
Isack Hadjar é pupilo da Red Bull e preferido de Helmut Marko (Foto: Red Bull Content Pool)
Isack venceu a sprint, mas tomou 10s de punição pela manobra da largada. De tão controversa, a decisão foi contestada pela Campos, mas a equipe teve o direito de revisão negado.
Hadjar chegou no domingo mordido. Na cabeça, na verdade, seria a briga por mais uma vitória. E se em outras ocasiões faltou sorte, dessa vez ela resolveu sorrir para o garoto no instante em que o safety-car virtual entrou em ação ainda na volta 7.
“Pepe [Martí] tinha a prioridade. Ele iria parar antes de mim. Quando parei, sabia que tinha de fazer uma boa volta, então teria o pit-lane livre. Vi o safety-car virtual, e daquele ponto em diante sabia que estava praticamente garantido. Tive muita sorte com isso, tenho de admitir. Meu último ano e meio foi um desastre. Então que bom”, reconheceu Hadjar, que rejeitou o conceito de “redenção” após a sanção sofrida na sprint da Austrália.
Hadjar conseguiu mostrar do início ao fim por que é um dos jovens mais interessantes hoje nas categorias de base. Vale destacar que mesmo sendo o primeiro da fila dos que já haviam efetuado a troca obrigatória, ganhou várias posições em duelos travados em pista. É notável também o quanto o primeiro ano de F2 é importante para trazer maturidade e experiência necessárias à pilotagem do piloto. O Hadjar de 2024 é muito mais sólido que o do ano passado, e se tudo encaixar, não vai demorar a surgir na briga pela primeiras posições da tabela.
A Fórmula 2 retorna entre os dias 17 e 19 de maio, com a etapa da Emília-Romanha, em Ímola. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2024.
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