A McLaren se tornou uma das forças da Indy nas últimas três temporadas após firmar parceria com a Schmidt-Peterson, nome que deixa o time em 2023. A equipe de Zak Brown passou a fazer frente ao trio composto por Penske, Ganassi, e Andretti. A expansão para três carros neste ano atraiu um nome rival: Alexander Rossi acrescenta experiência e busca reviver sua carreira na categoria americana após anos de baixa.
Talvez tratar o 2022 de Rossi como um ano ruim seja exagero, já que o americano foi o melhor piloto da Andretti. Alexander conquistou uma vitória, quebrando uma sequência de 49 provas sem triunfos, dois pódios e uma pole-position, encerrando outro jejum de três anos. Mas o nono lugar na classificação geral foi muito aquém de suas expectativas e anseios na Indy.
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Deixar o time após sete anos parecia inevitável. Internamente, não havia mais clima para Alexander continuar e, ao mesmo tempo, o piloto de 31 anos anseia voltar a brigar por vitórias e, quem sabe, pelo título, como mostrou ser capaz em 2018 e 2019. As três últimas temporadas viram o americano ter suas três piores médias de posição de chegada na categoria, com médias aproximadamente de 12º lugar. A escolha lógica foi pela McLaren, uma grande oportunidade de recomeço dentro da Indy.
A temporada de 2023 será a primeira do time britânico com três carros. Depois de uma reorganização interna, o time de Zak Brown optou por entregar o carro #7 de Rosenqvist para o americano, enquanto o sueco irá pilotar o novo carro #6 e Pato O’Ward segue no #5. Para ajudar Rossi, a McLaren também trouxe rostos familiares de seu tempo de Andretti, como Brian Barnhart (diretor geral e estrategista de Alexander) e Craig Hampson (engenheiro).
A experiência será o grande diferencial de Alexander na briga interna com O’Ward e Rosenqvist. Ainda que o mexicano deva manter o status de galinha dos ovos de ouro da McLaren, Rossi acredita que seus sete anos na categoria americana vão ser essenciais para encontrar os melhores acertos nos mais diversos circuitos.
Alexander Rossi com a McLaren durante testes em Sebring (Foto: IndyCar)
Se na Andretti o vencedor da Indy 500 de 2016 acabou perdendo o status de piloto principal e ficou na sombra de Colton Herta nos últimos anos, Rossi chega na McLaren já sabendo que Pato é o cara a ser batido. Ao mesmo tempo em que agrega em experiência, ele também é conhecido pelo seu temperamento explosivo, lado que precisará ser domado para ajudar a cumprir os objetivos do time.
A equipe vem ‘roubando’ engenheiros e estrategistas de Penske, Ganassi e Andretti e em um projeto bem ambicioso. A decisão de Alexander de trocar de time faz bastante sentido na medida que se junta a uma McLaren que vem na crescente e ele será importante na consolidação do time britânico entre as grandes forças da categoria americana.
A mudança de ares em 2023 deve aumentar suas chances de brigar por vitórias e veio no momento correto. A grande questão a ser desvendada é se Rossi ainda é capaz de ser um dos grandes protagonistas da Indy e brigar pelo título caso volte a ter um carro para tal em suas mãos.
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