Começou o fim de semana do GP da Austrália de Fórmula 1. As atividades da sexta-feira começaram ainda na noite desta quinta (21), de acordo com o fuso horário do Brasil. E o que se viu, mesmo sem grandes complicações climáticas, foi um monte de gente fora da pista, rodadas e um acidente forte com Alexander Albon. No meio disso, Lando Norris liderou.
A atividade não foi das mais bonitas do ano, com certeza. De Lewis Hamilton e George Russell a Fernando Alonso e Valtteri Bottas, uma porção de gente deu pancada com o assoalho no chão e saiu da pista.
Norris assumiu a dianteira instantes antes da marca de 50% da atividade e por lá permaneceu graças ao tempo de 1min18s564. Verstappen foi ao segundo posto com uma volta nos momentos derradeiros da sessão, mas terminou 0s018 mais lento.
Russell foi o terceiro, seguido por Charles Leclerc, Yuki Tsunoda e Sergio Pérez. Os seis estiveram no mesmo 0s1, separados por 0s078. Lance Stroll, Carlos Sainz, Lewis Hamilton e Oscar Piastri encerraram o top-10.
Lando Norris foi o mais rápido da primeira atividade (Foto: McLaren)
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O acidente de Albon aconteceu após pouco mais de 40 minutos de atividade e foi no mesmo trecho da pista em que batera ano passado durante a corrida. Alex perdeu o controle ao tocar a zebra da curva seis, não teve tempo de consertar antes do muro da sete e espatifou a Williams. O carro deslizou até a curva oito e ali parou, com uma roda a menos. Nada mais sério com o piloto, mas trabalho firme para a Williams antes do TL2.
Além de Albon, Bottas deu uma rodada de cinema da curva dez, enquanto Alonso precisou trocar o assoalho. Nos minutos finais, Hamilton e Verstappen também quicaram com tanta força em pontos diferentes da pista que alertaram Mercedes e Red Bull sobre a possibilidade de danos no assoalho.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Austrália, em Melbourne, e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após segundo treino livre e classificação, além de antes e depois da corrida. Logo mais, o o TL2 está marcado para as 2h já da sexta-feira (de Brasília, GMT-3). Depois, às 22h da mesma sexta-feira, o último treino acontece às 22h30, com a classificação às 2h do sábado; no domingo, a largada está marcada também para a 1h.
Confira como foi o TL1 do GP da Austrália:
O primeiro fim de semana no formato tradicional de sexta-feira a domingo começava, finalmente. Ainda que os horários de cunho tradicional eram um tanto quanto subvertidos pelo fuso horário, ao menos em relação ao Brasil. A tarde da sexta-feira em Melbourne, na Austrália, era ainda fim de noite da quinta-feira segundo Brasília. De qualquer maneira, era hora de iniciar.
O treino livre para abrir os trabalhos começava com clima sem grande questões. A temperatura ambiente era de 18°C, com o asfalto chegando a 31°C. Os ventos estavam sob controle e não havia chance de chuva.
O treino era também o começo do teste de Carlos Sainz, que retornou às pistas duas semanas após uma cirurgia para retirada do apêndice na sexta-feira do GP da Arábia Saudita. Seria dependendo do conforto e nível de dor nos dois treinos livres que definiria se seria titular ou passaria o bastão para Oliver Bearman na Ferrari uma vez mais.
Fernando Alonso no TL1 em Melbourne (Foto: Aston Martin)
É a primeira vez na temporada, ainda, que a Pirelli enviou a gama mais macia de pneus: C3 para os duros, C4 para os médios e os estreantes C5 como macios.
Sob o sol e calor não muito forte, o relógio chegou ao horário certo e o pit-lane abriu. A pista encheu de imediato, liderada por Fernando Alonso e grelhas de testes aerodinâmicas presas ao carro. A primeira volta cronometrada, contudo, seria de George Russell, com 1min30s214. Claro que não tinha nada de competitiva, porque instantes depois Lewis Hamilton e Oscar Piastri passavam 10s mais velozes. Russell estava somente esquentando o carro.
Charles Leclerc resolveu sair logo com os pneus macios da Pirelli para anotar o estado real dos pneus. Enquanto isso, Hamilton dava o primeiro aviso à Mercedes. “Os pedais estão muito longos”, informou.
A liderança da sessão mudava de mãos, mas, naqueles primeiros minutos, importava pouco. Lance Stroll passou por ali, bem como Piastri e Yuki Tsunoda. Aí, após 15 minutos, Sergio Pérez colocava a Red Bull por lá. Mas os tempos estavam ainda na casa de 1min19s, quando a pole de 2023 foi cravada em 1min16s7.
Kevin Magnussen e Lance Stroll (Foto: Haas)
Finalmente, após cerca de 25 minutos, Max Verstappen aparecia com os pneus macios e cravava 1min18s670, sacando Charles Leclerc de uma rápida passagem na primeira colocação. Uma nova mudança viria ainda na metade inicial: Lando Norris, com 1min18s564. E veio instantes após pedir para a equipe checar o assoalho porque havia batido o chão do carro. Tudo certo, aparentemente.
Após meio treino, Norris liderava com Verstappen, Tsunoda, Leclerc, Pérez, Stroll, Daniel Ricciardo, Piastri, Sainz e Alexander Albon no top-10.
Cerca de dez minutos após a passada por fora da pista de Alonso, a Aston Martin decidia trocar o assoalho do carro e avisava que o trabalho demoraria mais ou menos 15 minutos. Na realidade, os assoalhos continuavam sofrendo na atividade: Verstappen deu uma pancada tão forte que o RB20 chegou até a quicar.
Alex Albon encheu Williams no muro durante TL1 em Melbourne (Foto: Reprodução/F1 TV)
A curva nove também causava dores de cabeça grid afora. Russell sacudiu o carro inteiro e precisou passar a dez pelo gramado, enquanto Valtteri Bottas rodou bem na saída. Conseguiu evitar batida, mas foi uma rodada daquelas. A sorte de evitar a pancada não chegou para Albon. Com pouco menos de 20 minutos pela frente, o piloto encheu a Williams no zigue-zague do miolo da pista. Escapou na curva seis, bateu no muro da curva sete e foi parar na oito. Bandeira vermelha, pois.
A repetição da imagem mostra que Albon perdeu o carro ao tocar a zebra da curva seis, para a esquerda, e não conseguiu reverter antes do muro posterior. Por curiosidade, no mesmo ponto da pista em que bateu durante a corrida australiana de 2023.
A retomada da atividade veio com nove minutos para o fim e, portanto, pouco tempo para mudar a lógica de voltas rápidas. Antes da interrupção, Leclerc e Tsunoda pularam para as posições dois e três, mas ninguém chegou até o tempo de Norris. A Mercedes amargava 15º e 16º lugares, mas sem usar pneus macios. Logo na retomada, Hamilton perdeu a traseira quase de vez e passeou pelo gramado com um jogo novo de pneus macios. Em seguida, o mesmo para Verstappen.
O tricampeão ainda conseguiu anotar o segundo tempo mais rápido, mesmo assim terminou a atividade dizendo que talvez a Red Bull precise trocar o sofrido assoalho antes da próxima atividade. Ainda houve tempo para Sainz reclamar, no rádio da Ferrari, de ter sido tocado por uma das Haas enquanto estava parado no pit-lane, esperando a vez dele de entrar na pista após a bandeira verde.
Mas foi isso. Lando Norris terminou mesmo com o primeiro lugar, abrindo o fim de semana de maneira competitiva para a McLaren.
Fórmula 1 2024, GP da Austrália, Treino Livre 1:
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