É difícil discordar que Pato O’Ward, apenas aos 23 anos, já é uma das grandes estrelas da Indy. O mexicano parte em 2023 para sua quarta temporada completa na categoria americana e espera que o crescimento de sua equipe, a McLaren, que terá três carros e novos engenheiros, seja suficiente para lhe colocar na briga pelo título junto com os rivais da Penske e da Ganassi.
Pato teve sua melhor oportunidade de título em 2021, mas acabou sendo superado pelo espanhol Álex Palou. O ano passado foi o seu pior com a McLaren, terminando apenas na sétima colocação. O resultado abaixo das expectativas tem dois motivos principais.
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O segundo motivo foram os problemas de confiabilidade do carro #5. O’Ward acabou deixando uma montanha de pontos para trás nas provas de Road America, quando largou em sexto, e Mid-Ohio, etapa na qual partiu da pole-position, por conta de falhas na unidade de potência. Mais um abandono em Nashville, outra etapa na qual partiu do top-6, dessa vez por conta de um acidente, acabou comprometendo de vez sua temporada.
Abandonos não fazem parte do histórico do mexicano na Indy. Antes de 2022, Pato só não havia completado uma corrida de 38 disputadas desde sua estreia com a Harding em 2018. O fato de seu companheiro de equipe, o sueco Felix Rosenqvist, também ter sofrido com quebras mecânicas levanta questões sobre como será o 2023 da McLaren, que terá uma operação ainda maior.
A chegada de Alexander Rossi traz um veterano experiente e que sabe como é trabalhar em um time com muitos carros após sete temporadas na Andretti. Ao mesmo tempo, o americano renasceu na última temporada e, com seu temperamento explosivo, pode gerar uma rivalidade interna com O’Ward.
Pato O’Ward comemora vitória no Alabama com a equipe da McLaren (Foto: Indycar)
Mas o foco do mexicano mesmo será em bater os rivais de Penske e Ganassi, que coletaram 13 vitórias em 17 provas na última temporada. O talento de Pato é inegável, por mais que tenha aparecido em flashes em 2022, como na vitória no Alabama em que realizou uma linda ultrapassagem em Rinus VeeKay para tomar a liderança.
Sem os pontos dobrados nas 500 Milhas de Indianápolis neste ano, prova que tem sido um dos pontos fortes de O’Ward (terminou entre os seis primeiros nas últimas três edições e foi o segundo colocado em 2022), o campeão da Indy Lights de 2018 vai precisar de uma temporada brilhante para desafiar as duas gigantes da categoria.
A grande incógnita será o desempenho da McLaren. Será 2023 o ano que a equipe dará o último salto e se juntará a Penske e Ganassi na ponta? Ou a próxima temporada reserva apenas mais um ano de uma frustrante briga com a Andretti pelo posto de terceira força? Se o salto vier de fato, Pato é o cara do time de Zak Brown para conquistar seu primeiro título e o primeiro da equipe britânica na Indy.
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