NA TEMPORADA PASSADA, FRANCESCO BAGNAIA CHEGOU À ÚLTIMA CORRIDA PRECISANDO CRUZAR A LINHA DE CHEGADA AO MENOS EM 14º PARA SER CAMPEÃO, SENDO QUE A ZONA DE PONTUAÇÃO INCLUI OS 15 PRIMEIROS. Os 23 pontos de vantagem para Fabio Quartararo na liderança eram daqueles cenários que um piloto só não ergue a taça no fim por um milagre — ou melhor, desastre!
Pois não foi o que aconteceu com Pecco, até porque, o #63 tinha nas mãos o melhor equipamento. Era de Bagnaia a marca de maior número de vitórias na temporada 2022 com os sete triunfos conquistados até o GP da Malásia. Em Valência, palco do desfecho do campeonato, um nono lugar bastou para, enfim, tirar a Ducati de uma fila por títulos que durava 15 anos, desde Casey Stoner, em 2007.
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Bagnaia vai de #1, mas sem deixar o #63 de lado (Foto: Ducati)
A Desmosedici de 2022 também tinha os seus problemas, tanto que a satélite Gresini brilhou no início com o modelo do ano anterior. A Ducati de fábrica, então, precisou não apenas evoluir o equipamento, como também Bagnaia teve de cumprir o básico: manter-se em cima da moto para fazer valer a força da casa de Bolonha.
Após a virada histórica, a Ducati chega à 2023 da mesma forma como terminou o último ano, a julgar pelos ensaios da pré-temporada: com a melhor moto do grid. Isso faz de Bagnaia automaticamente o homem a ser batido. Em Portimão, para não restar dúvidas, Pecco comandou as sessões e ainda deixou a pista completamente ‘apaixonado’.
“Estou satisfeito! Já estamos em 90% do desenvolvimento da nova moto, então vamos tentar terminar tudo. É uma moto que desenvolvemos um pouco mais do meu lado, pro meu estilo de pilotagem e estou começando a amar mais a cada volta”, avaliou o campeão vigente em Portimão.
Ninguém mais conseguiu defender tal coroa usando o #1 desde então, e não faltaram candidatos competentes: Álex Crivillé, Kenny Roberts Jr., Casey Stoner e até Jorge Lorenzo. Mas Bagnaia, ciente do que tem nas mãos, resolveu ‘rir na cara do perigo’. A revelação veio durante a apresentação das motos da equipe italiana para a nova temporada, e o piloto explicou que a escolha foi para deixar claro quem ele será em 2023.
“Sempre admirei as pessoas correndo com o #1. O #1 representa quem você é, representa que você é campeão mundial, então foi uma boa coisa para mostrar quem eu sou. Mas o #63 sempre será meu número”, disse.
Nem Valentino Rossi ousou deixar o seu mítico #46 para usar o número que indica quem é o campeão. Mas o quadro não poderia ser mais favorável para Pecco graças à Ducati. É como diz o ditado, o italiano está com a faca e o queijo na mão, só tem de tomar cuidado para nenhum dos dois cair — literalmente!
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