Automobilismo

Fórmula E planeja Gen4 com aumento na recuperação de energia e estreia de pneus slicks

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A Fórmula E ainda realiza sua primeira temporada com os novos carros Gen3 em 2023, mas já planeja os próximos passos pro futuro e analisa a direção a ser tomada com sua próxima geração de monopostos, prevista para estrear em 2026/27. E, de acordo com o portal inglês The Race, alguas informações sobre o Gen4 já estão próximas de uma definição por parte da modalidade, que visa evitar alguns dos problemas vividos com os atuais modelos.

A primeira coisa que a Fórmula E quer mudar na próxima geração é justamente a nomenclatura ‘Gen’, comum entre os carros da categoria desde seu lançamento, com o Gen1, em 2014. Ainda que o codinome Gen4 seja usado daqui para frente, o lançamento do novo monoposto terá uma identificação diferente.

Algumas das principais evoluções técnicas em relação aos carros atuais envolvem uma regeneração de energia na casa de 700 kW, 600 kW de liberação de potência e a adição de um sistema de eixo dianteiro ativo. Por outro lado, ainda não está claro o quanto os novos fornecedores poderão mexer na unidade de potência.

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A Gen3 ainda está em seu primeiro ano de implementação (Foto: Fórmula E)

Desde a inovação do Gen3, a Fórmula E conta com carros que possuem trens de força dianteiros e traseiros. Pensando na próxima geração, a dúvida da categoria fica por conta da homologação dos motores, que poderá ser feita de duas formas: em conjunto, com apenas uma homologação das duas unidades, ou separadamente, com uma para o motor dianteiro e outra para o traseiro.

Além disso, a lista de propostas ainda envolve a implementação de um novo tipo de pneus, sem ranhuras. Como a Fórmula E atualmente utiliza o mesmo tipo de compostos em todas as situações, a chegada de um pneu slick indica que o pensamento pode envolver um tipo de borracha focada em desempenho e outra para condições adversas de clima.

“Os tempos de volta não são necessariamente o objetivo que estamos traçado para nós mesmos, é mais uma consequência do que estamos colocando como padrão na nova evolução de conceito do carro”, explicou Alessandra Ciliberti, diretora-técnica da Fórmula E. “O que fazemos é, essencialmente, consultar os especialistas em tecnologia celular para entender em que direção a evolução está indo”, disse.

O surgimento da atual geração, este ano, veio acompanhada de uma série de problemas técnicos e medidas de última hora por parte da categoria, que tentou evitar ao máximo a insatisfação das equipes com a baixa confiabilidade da bateria nos primeiros momentos da temporada e as dificuldades de frenagem. Para evitar novos possíveis problemas, a Fórmula E tenta se planejar com mais antecedência ainda para a próxima geração.

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Além do aumento na recuperação de bateria, Fórmula E planeja ter novos pneus em 2026 (Foto: Fórmula E)

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“Obviamente, quando você fala sobre a próxima evolução do carro, [está falando] em 2027. Mas o desenvolvimento começa agora”, prosseguiu. “Então, você precisa encontrar a tecnologia celular que te permite entregar o máximo de potência, mas de uma maneira confiável”, destacou.

“Acho que a mensagem que quero passar é: para a próxima evolução do carro, qualquer pequeno componente irá manter a confiabilidade e a segurança como critérios chave para o desenvolvimento”, ressaltou. “Então, estamos analisando células de tecnologia que permitem um aumento na densidade de energia e permanecem confiáveis”, frisou.

Outro problema a ser resolvido, em um campeonato que entra em fase de teto orçamentário, é o quanto cada fornecedora poderá criar na unidade de potência. Por exemplo, as equipes terão verba suficiente para construírem seus próprios modelos de MGU e, ao mesmo tempo, respeitarem o teto de gastos? Para o chefe da McLaren, Ian James, a colaboração entre as partes será a chave para resolver todas as dúvidas.

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Um dos objetivos da Fórmula E é evitar os problemas que surgiram no início da Era Gen3 (Foto: Fórmula E)

“Em todo o tempo que estive envolvido na categoria, nunca a vi tão colaborativa como hoje em dia”, admitiu o inglês, que ocupava o cargo de chefe da Mercedes até o ano passado. “Estamos nos preparando para um início realmente muito forte neste processo e estamos fazendo isso suficientemente cedo, o que é algo muito bom de ver”, destacou.

Como o período de testes antes do início de uma nova geração compreende cerca de oito meses antes do início do campeonato, as equipes devem receber seus novos equipamentos até o primeiro quarto de 2026. A data mais otimista ainda é para o fim de 2025, e James admite a importância de planejar o novo carro com bastante antecedência — principalmente depois dos problemas vividos com o Gen3.

“A linha do tempo em si é super agressiva”, admitiu. “Ainda que eu ache difícil segui-la, acho que é a coisa a certa a se fazer, porque faz com que todos fiquem focados em fazer as coisas no tempo certo. Certamente, será mais do que tivemos com o Gen3, e acho que é a quantidade certa de tempo para as fabricantes”, completou.

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