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Ferrari voa e tem melhor chance para derrotar Red Bull em meio à desordem na Austrália

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A Fórmula 1 desembarcou na Austrália para a terceira etapa da temporada 2024 em um cenário que começa dos mais interessantes. E boa parte dessa percepção se deve à singularidade do Albert Park. Quer dizer, pilotos e equipes se depararam com um asfalto muito sujo, zebras ainda altas em locais de maior atenção, como a curva 10, além da brita em muitos trechos, uma pequena desordem. Dessa forma, as duas sessões desta sexta-feira testemunharam diversas rodadas e erros, bem como o drama da Williams com Alexander Albon. Mas houve quem tenha passado ileso, como a Ferrari, que liderou o dia e deixou no ar uma deliciosa sensação de que está mais perto da rival Red Bull do que se imaginava.

Essa impressão é ratificada pela qualidade da performance apresentada pelos carros vermelhos. A SF-24 pareceu muito bem acertada ao circuito australiano, mostrando um ritmo sólido ao longo do segundo treino livre, especialmente. Há uma solidez de desempenho respaldado pelas pequenas mudanças promovidas pelos engenheiros, como na asa traseira. A Ferrari busca velocidade de reta, mas também almeja o equilíbrio.

Uma vez mais, o ritmo de classificação está lá. A volta da liderança em 1min17s277, registrada por Charles Leclerc, fala muito sobre o desempenho em volta única. A marca foi quase 0s4 melhor que a obtida por Max Verstappen. Carlos Sainz, que ainda se recupera da cirurgia de apendicite, colocou o segundo carro de Maranello em terceiro.

O monegasco, de novo, trabalhou bem o giro de preparação antes da passagem para valer mesmo, enquanto a Ferrari não apresentou degradação acentuada no pneu macio. É favorito à pole neste sábado. No entanto, o que mais chamou a atenção foi mesmo a performance em condições de corrida. Leclerc conduziu um stint de nove voltas com o pneu médio e virou média na casa de 1min22s9. Foi a melhor simulação do dia. Diante disso, dá para concordar com a visão de Leclerc, que entende que a escuderia italiana tem pela frente uma chance real de se aproximar mais da Red Bull.

“Melbourne é uma pista muito exigente, com curvas de altas e com vento. E também há somente um traçado limpo, cada vez que você sai um pouco de lá, perde muita aderência, então é um desafio, mas somos rápidos, estamos nos divertindo, porém temos de esperar e ver se seremos rápidos amanhã”, explicou Charles. “A Red Bull ainda não foi para cima, então temos de esperar para ver o potencial deles. Acho que ainda estão à frente, mas podemos ter neste fim de semana nossa melhor chance desde o início da temporada”, frisou.

“O ritmo de corrida é bastante forte, mas é muito difícil comparar porque alguns pilotos pegaram muito tráfego, enquanto fizemos voltas relativamente limpas, mas foi muito bom. É melhor que a sexta tenha corrido bem do que o contrário. Portanto, é um bom começo, mas temos de continuar pressionando e ver o que será possível”, acrescentou.

A atuação ferrarista também despertou o sinal de alerta na Red Bull. A equipe líder do Mundial viveu um dia mais tumultuado e não foi capaz de trabalhar por completo em seu programa técnico. Isso porque Verstappen danificou o assoalho do RB20 durante a primeira sessão, uma escapada que custou um bom tempo aos mecânicos e que deixou o neerlandês parado nos boxes na parte inicial do TL2. Por isso, não há uma conclusão mais clara sobre o real ritmo dos taurinos.

Embora tenha lamentado o pouco tempo de pista para a simulação de corrida, o tricampeão não teve problemas para cravar o segundo melhor tempo da sexta-feira — porém, o déficit para Leclerc foi de 0s4. Enquanto isso, o ritmo para o domingo não pareceu particularmente forte. Também é verdade que Max completou um stint de apenas de cinco voltas, com média de 1min23s7. A esquadra dos energéticos creditou a diferença para a Ferrari a um eventual mapa mais agressivo do motor, mas reconheceu que o ritmo de corrida pareceu genuinamente forte.

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Max Verstappen perdeu grande parte do TL2 por conta de um dano no assoalho do RB20 (Foto: Red Bull Content Pool)

“Precisamos melhorar. O carro não está ruim, mas o ritmo do Leclerc nos obriga a fazer ajustes finos ainda. Em geral, o pelotão está mais próximo do que nunca. Acho que a Ferrari esteve em potência máxima do motor na simulação de classificação, mas a gente, não. Por isso não vejo a diferença como crítica. Mas a simulação de corrida deles foi impressionante, nosso acerto ainda não está ideal”, afirmou o consultor dos taurinos, Helmut Marko, à versão alemã da emissora Sky.

“Perdemos tempo valioso porque o Max tocou uma zebra e o contato causou um dano relativamente grande. Mas estamos na direção certa, mesmo com os minutos que perdemos”, completou.

Ainda falando sobre o desempenho em condições de prova, é possível colocar a McLaren nesse balaio. Muito embora não tenha exibido uma performance mais sólida em classificação, a equipe laranja se mostrou consistente nos stins longos. Oscar Piastri, que fechou o dia apenas em sétimo, andou na casa de 1min23s0, enquanto Lando Norris, nono nesta sexta, obteve valores pouco acima, em média de 1min23s2. É verdade que o time ainda precisa trabalhar melhor para a disputa das posições do grid, mas há um ritmo forte guardado.

“Foi um dia produtivo aqui em Melbourne. Pudemos testar todos os itens relacionado a ajustes que tínhamos planejado no programa original, incluindo questões sobre compreensão dos pneus. É isso que vai tornar a corrida interessante do ponto de vista da estratégia”, apontou o chefe Andrea Stella. “Do ponto de vista do desempenho, tratou-se de um dia bastante encorajador”, emendou.

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Lewis Hamilton viveu um dia daqueles em Melbourne (Foto: Mercedes)

Importante dizer aqui também que a Aston Martin se colocou ali imediatamente atrás de Sainz, com Lance Stroll à frente de Fernando Alonso. Mais uma vez, os carros verdinhos provaram que o ritmo em volta única segue como ponto forte, muito embora o canadense tenha mostrado um desempenho em corrida muito interessante, na casa de 1min23s3, após nove giros, enquanto o espanhol não passou de 1min24s2. Entretanto, quem inspira maior temor neste ponto é a Mercedes.

George Russell terminou o dia em sexto, como quem diz que há uma luz no fim do túnel. Já Lewis Hamilton foi o 18º em uma sessão que definiu como “das piores” que já viveu. De fato, o heptacampeão escapou algumas vezes e brigou com o manhoso W15 quase que o tempo inteiro. No fim das contas, o chefe Toto Wolff não escondeu a frustração. O austríaco ainda explicou que a esquadra alemã testou o que queria no primeiro dia em Melbourne, mas que isso não adiantou nada. Ainda, assumiu a culpa pela performance sofrível de Hamilton na segunda sessão.

“Nós fizemos os testes que queríamos, mas não conseguimos desbloquear a performance do carro. No TL2, fomos para uma mudança drástica de acerto no carro do Hamilton e isso jogou ele severamente para trás. Seria mentira dizer que não estou frustrado”, admitiu à emissora Sky Sports F1.

“Estamos frustrados porque estamos tentando em todas as direções, mas não achamos a bala de prata que nos levaria para a direção correta. Vamos seguir tentando, já vimos performance neste carro. Não vou simplesmente recuar e dizer que não somos bons com este regulamento porque temos tudo para estar no topo mesmo com ele. E vamos.”

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Austrália, em Melbourne, e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após segundo treino livre e classificação, além de antes e depois da corrida. Logo mais, ainda na sexta-feira, o TL3 está marcado para as 22h30 (de Brasília, GMT-3). Depois, a classificação começa às 2h do sábado; no domingo, a largada está marcada para a 1h.

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