No primeiro eP de Misano da história da Fórmula E, realizado neste sábado (13), a vitória ficou com António Félix da Costa, da Porsche. Embora tenha largado apenas em 14º, o português soube aproveitar as oportunidades e gerenciou bem o uso da bateria para escalar o pelotão e cruzar a linha de chegada na primeira posição. Não muito atrás, Oliver Rowland foi o segundo, apenas 0s410 atrás do ponteiro.
Piloto da Andretti, Jake Dennis fez uma corrida incrível de recuperação e completou o pódio após boa disputa com Maximilian Günther, da Maserati, que, por sua vez, cruzou a linha de chegada na quarta posição. Dan Ticktum, da ERT, foi o quinto, acompanhado por Mitch Evans, Sérgio Sette Câmara, Jean-Éric Vergne, Norman Nato e Stoffel Vandoorne, que completaram o top-10 da corrida 1 em Misano.
Líder do campeonato, Pascal Wehrlein se envolveu em um incidente com Vergne e acabou tendo a asa dianteira danificada, precisando ir aos boxes e voltando para a pista na última posição. O alemão não teve chances para se recuperar e cruzou a linha de chegada em 17º.
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Nick Cassidy, da Jaguar, que chegou na Itália como vice-líder do campeonato, se envolveu em um incidente com Vergne — que acabou sendo declarado culpado e recebeu 5s de punição — e também teve de ir aos boxes para trocar o bico do carro, perdendo muito tempo e voltando na parte de trás do pelotão. No entanto, mais tarde, o neozelandês recolheu o bólido e abandonou.
A Fórmula E permanece em Misano para a segunda perna da rodada dupla, que acontece neste domingo, 14 de abril. O GRANDE PRÊMIO, emissora oficial da categoria no Brasil, transmite treinos livres, classificação e corrida AO VIVO e COM IMAGENS no YouTube.
Saiba como foi a corrida 1 do eP de Misano
Antes mesmo do início da corrida, tivemos mudanças nas posições no grid de largada. Jake Hughes, que largaria na quarta posição, foi punido pela direção de prova por uma infração ao regulamento técnico e foi desclassificado, o que o forçará a iniciar a prova na 22ª e última posição.
Com temperatura ambiente próxima dos 24ºC e vento de 15 km/h no circuito italiano, os carros partiram para as 28 voltas da primeira corrida da história da Fórmula E em Misano. Mitch Evans largou bem e conseguiu manter Jean-Éric Vergne para trás enquanto se dirigiam até a curva 1. Pascal Wehrlein até chegou a ameaçar o francês da DS Penske, mas acabou caindo para quarto.
Ao fim da primeira volta, Sébastien Buemi, da Envision, que largou em nono, assumiu a ponta após ultrapassagens incríveis na parte de cima do pelotão. Edoardo Mortara, da Mahindra, acabou tendo problemas no carro e teve de estacionar às margens da pista. O diretor de prova Scot Elkins não achou necessário acionar a bandeira amarela.
Nick Cassidy e Maximilian Günther foram os primeiros a ativarem o modo ataque, logo na terceira volta. Neste ponto da corrida, Vergne já havia pulado para a primeira posição, enquanto que Jake Hughes, que largou em 22º após a punição, largou bem e subiu seis posições logo nos momentos iniciais. Jake Dennis, da Andretti, saiu em 19º, mas já era o 12º na quinta volta da prova.
Na volta 5, Cassidy e Vergne se envolveram em um incidente quando contornavam a chicane da curva 9. O piloto da Jaguar acabou levando a pior e teve de recolher o bólido aos boxes para trocar o bico da Jaguar #37, enquanto que o francês da Penske não teve maiores problemas e continuou normalmente, em terceiro.
Duas voltas depois, Wehrlein foi para os boxes após choque na traseira do carro dourado de Vergne para trocar a asa dianteira e perdeu muitas posições, voltando para a pista em 20º. A essa altura do campeonato, Sam Bird se envolvia em uma briga pela liderança contra Stoffel Vandoorne, que acabou ultrapassando o britânico e assumiu a ponta.
Quando a contagem chegou nas dez voltas completadas, Lucas di Grassi sofria com a falta de ritmo em sua Abt Cupra e se mantinha na 16ª posição, enquanto que Sérgio Sette Câmara, da ERT, não ia além do 19º posto.
António Félix da Costa, pressionado e com risco de perder sua vaga na Porsche, aproveitou a corrida de pelotão e se manteve próximo dos líderes durante boa parte da prova. O português chegou a ocupar a segunda posição, ficando atrás somente de Evans, mas caiu para quarto na volta 11. O dono do #13, no entanto, se colocou como candidato à vitória do início ao fim.
Líder do campeonato, Pascal Wehrlein se chocou com Vergne e perdeu muitas posições (Foto: Porsche)
Na volta 13, enquanto liderava a prova, Bird recebeu ordens da McLaren para que não permanecesse na liderança, já que ainda era cedo e, desta forma, o piloto do time laranja-papaia poderia sofrer com a falta de bateria no stint final. Logo em seguida, Buemi assumiu a liderança.
Após chegar a brigar pela liderança nos primeiros momentos, Bird teve de ir aos boxes na volta 17 para trocar o pneus traseiro esquerdo, alegando que foi acertado por outro piloto durante uma disputa. Britânico caiu para a última posição, sendo ultrapassado até mesmo por Wehrlein e Cassidy, os lanternas naquele momento.
Com dez voltas para o fim, o engenheiro virtual da FE alertou que Da Costa estava em boas condições em relação à energia restante no carro. O português permaneceu poucas voltas na frente, mas se manteve na parte da frente do pelotão durante a maior parte do tempo. Punido, Vergne utilizava o modo ataque para tentar abrir em relação aos carros mais de trás, lembrando que o bicampeão ainda tinha uma punição a pagar.
Jean-Éric Vergne se envolveu em alguns incidentes durante a prova, mas fechou em (Foto: Fórmula E)
Quando a corrida entrou na reta final, Oliver Rowland e Dennis se colocaram como fortes candidatos à vitória. O britânico da Nissan possuía um nível de bateria maior do que os rivais ao lado, enquanto que o atual campeão da FE permanecia em quinto, não deixando o pelotão da frente se descolar.
Na volta 23, Rowland ultrapassou Da Costa e assumiu a primeira posição, precisando se defender ferozmente dos adversários que permaneciam colados atrás. Neste momento, os pilotos começavam a usar mais a energia que ainda tinham disponíveis para atacar, ao invés de só gerenciar como aconteceu na maior parte da etapa.
Mesmo punido e impossibilitado da vitória, Vergne continuava brigando na ponta na tentativa de se afastar do quarto colocado. Faltando quatro voltas para o fim, o francês permanecia 0s8 atrás do líder. Logo à frente, Da Costa ultrapassou Rowland e tinha vantagem no nível de energia ainda disponível.
Quando a última volta começou, estava claro que a vitória ficaria entre os pilotos da Porsche e da Nissan, com Da Costa mantendo uma vantagem de aproximadamente 0s5 em relação ao britânico. O português soube se defender bem dos ataques do rival e cruzou a linha de chegada em primeiro na corrida 1 de Misano.
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