SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ciclovias em diversas regiões de São Paulo esperam há cerca de dois anos por reparos. Em algumas áreas, trechos que estão danificados ou foram suprimidos por recapeamento de asfalto, por exemplo, ainda aparecem no mapa de ciclovias da Prefeitura, a cargo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
As queixas estão em um ofício de 23 de setembro de 2021, em que conselheiros da Câmara Temática de Bicicleta de São Paulo indicaram problemas em 21 ciclovias e ciclofaixas. Dos pontos listados no ofício, a gestão Ricardo Nunes (MDB) diz que corrigiu cinco, e que tem licitação aberta e estudos para resolver o problema em outros pontos, que permanecem sem solução.
Após o contato da reportagem, a gestão Nunes diz que suprimiu do site o trecho da rua Tobias Barreto, na Mooca, porque o local está em discussão com moradores, comerciantes e ciclistas para sugerir alternativas. Também foi retirado do mapa trecho de 350 m da avenida Chucri Zaidan, na Vila Cordeiro, zona sul, entre a avenida João Doria e a rua Joerg Bruder. A instalação da ciclovia depende de uma obra da Operação Urbana Água Espraiada para alargamento do canteiro central na região.
Os pontos listados no ofício e ressinalizados são das ruas Abel Tavares, Fradique Coutinho, Luis Góis, Vigário Albernaz e República do Líbano e do Largo do Arouche.
Também está em estudo a sinalização para o Largo do Socorro, na zona sul, para conectar ciclovias existentes. O local foi retirado do mapa.
Ainda, a prefeitura afirma que o trecho da avenida Cecília Lottenberg entre a praça Cyro de Freitas Valle e a ruas Américo Brasiliense é uma ciclorrota, e que a velocidade na via foi reduzida de 50 km/h para 30 km/h.
“Reforçamos que todas essas estruturas são de extrema importância e a ausência da sinalização coloca em risco os ciclistas que as utilizam”, dizem os conselheiros no ofício de 2021. “Quando o ciclista planeja um percurso espera que as vias estejam sinalizadas para assegurar que não correrá riscos.”
Até o momento, a prefeitura avançou pouco mais de 10% do objetivo de construir 300 km de cicloviárias (ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas), que faz parte do programa de metas da gestão Covas/Nunes, de 2021 a 2024. Diz, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito e da CET, que 81% da malha paulistana está em boas condições.