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Aston Martin rebate Mercedes com pacote certeiro e segue viva na luta por 2ª força

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Aston Martin rebate Mercedes com pacote certeiro e segue viva na luta por 2ª força

Há muita dúvida de que a Aston Martin foi a equipe que melhor explorou os desafios do regulamento do efeito solo de 2022 para 2023 — é claro que a Red Bull seguiu muito forte desde o acerto inicial, mas a equipe inglesa tem o mérito de ter superado um projeto fraco para uma transformação potente com o seu AMR23, que a fez saltar do pelotão intermediário direto para a briga por pódios constantemente. Isso também só foi possível porque tem em suas garagens esse Fernando Alonso incansável e de talento inabalável. No entanto, depois de emplacar pódios em um ritmo impressionante, a esquadra viveu um GP da Espanha aquém de sua capacidade e deixou muitas perguntas no ar que só foram respondidas mesmo no Canadá.

Acontece que o time chefiado por Mike Krack optou por um caminho diferente da maioria das equipes do grid, que tradicionalmente usam a etapa de Barcelona para promover as atualizações. A Aston Martin preferiu esperar até o Canadá, terra de seu proprietário, Lawrence Stroll. Neste período, criou-se uma incerteza sobre se a equipe teria condições de desenvolvimento suficientes para encarar uma briga com a Mercedes, que renascera na temporada após a revisão do W14. Entretanto, conclusão em Montreal veio de maneira contundente: sim, a esquadra possui todos os elementos para uma forte disputa pelo posto de segunda força do grid.

O trabalho em cima das novas peças e componentes foi certeiro. Os engenheiros comandados por Dan Fallows se concentraram em aprimorar o assoalho, base de toda a eficiência aerodinâmica dos carros atuais da F1, bem como em um novo desenho dos sidepods, agora mais profundos, na intenção de melhorar o fluxo de ar. Ainda, redesenhou a tampa do motor, também pensando na passagem do ar. As mudanças têm como objetivo garantir equilíbrio e downforce, além de promover maior velocidade em linha reta, na tentativa de se aproximar daquilo que faz a Red Bull.

E os primeiros sinais foram positivos. O desempenho ao longo do fim de semana em Montreal comprovou a eficácia das mudanças. O ritmo de classificação foi notável, embora haja um enorme crédito à pilotagem de Alonso na pista encharcada do Gilles Villeneuve. É importante destacar aqui que o espanhol e a equipe tomaram decisões acertadas no desenrolar da sessão. Faltou um pouquinho só no Q3, porque Fernando usou da mesma tática de Max Verstappen e Nico Hülkenberg, saindo logo no início, quando a pista estava em seu melhor, mas faltou um tiquinho para o bicampeão. De toda a forma, a segunda fila — que depois se tornou primeira — acabou sendo um passo inicial para um domingo promissor.

No entanto, foi na corrida que a Aston Martin revisada ofereceu uma imagem mais nítida. Apesar de perder a segunda posição para Lewis Hamilton, Alonso imprimiu um ritmo fortíssimo durante grande parte da corrida. Tanto que foi capaz de superar o heptacampeão da Mercedes na pista e não permitiu ser incomodado por ele.  Aliás, no bloco intermediário da prova, chegou a ter uma performance semelhante ao que Verstappen apresentava na ponta. A única ressalva foi mesmo quando houve uma preocupação com relação ao combustível, que fez o asturiano reduzir o desempenho, para assegurar o pódio. No fim, foi somente um alarme falso.

Ainda assim, é fato que as atualizações deram certo e que, agora, é necessário o tempo de desenvolvimento. Alonso, por exemplo, aposta em uma percepção mais apurada nas próximas etapas. “Só vamos conseguir otimizar o pacote em Spielberg e Silverstone”, previu o bicampeão, que se permitiu uma declaração calorosa sobre a Aston Martin e esse projeto que parece dos mais promissores.

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“Para ser sincero, não consigo pensar em outro momento da minha carreira em que tenha confiado tanto em uma equipe ou em um projeto”, afirmou Fernando, que soma até aqui seis pódios em oito etapas, além da terceira colocação no Mundial de Pilotos, a nove pontos apenas de Sergio Pérez, o vice-líder.

“Ainda acho que falta muito. Quero ganhar uma corrida este ano… O carro está indo na direção certa, então outras oportunidades vão aparecer”, garantiu o piloto de 41 anos. Ele tem razão.

É possível dizer que a Aston Martin respondeu bem à ameaça que a Mercedes gerou com seu novo W14. Ou seja, ainda há muito briga pela frente, e o GP do Canadá foi a prova. Mas há quem diga que a equipe verdinha tem mais a exibir. De acordo com a revista alemã Auto Motor und Sport, os dados do túnel de vento já revelam que o AMR23, sendo melhor explorado e dentro de uma configuração assertiva, é capaz de encarar em pé de igualdade o excelente RB19 dos taurinos.

E embora seja verdadeiro dizer que a disputa real é com a Mercedes, também não dá para ignorar o fato de que Pérez parece um elo fraco da Red Bull e não dá pinta de que vá endurecer tanto assim a vida de Alonso e nem mesmo da dupla da esquadra de Brackley. Dessa forma, o espanhol surge como um candidato forte não só ao posto de ‘melhor do resto’, mas também um embate, eventualmente, com Verstappen. E esse é um cenário dos mais interessantes e nada impossível para o desenrolar da temporada.

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