#51 Ferrari AF Corse Ferrari 499P of Alessandro Pier Guidi, James Calado, Antonio Giovinazzi
Em uma das edições mais disputadas dos últimos anos, a Ferrari superou a Toyota e levou a vitória no geral das 24 Horas de Le Mans com o carro #51, que teve o trio Antonio Giovinazzi, Alessandro Pier Guidi e James Calado pilotando, encerrando o domínio japonês na prova de endurance mais importante do planeta. Essa foi a primeira vitória ferrarista no geral após 58 anos na prova.
O duelo entre o #51 e o #8 da Toyota do trio Sebastien Buemi, Brandon Hartley e Ryo Hirakawa foi muito intenso durante quase 12 horas de provas, com ambos os times separados por poucos segundos, alternando a liderança – e também as estratégias desde o início da noite no Circuito de la Sarthe.
Este foi um dos acidentes que teve a prova. Claro, estes fatores fazem parte de um endurance de longa duração, mas a chuva e o início mais duro do grid fez com que as batidas tivessem um nível um pouco mais elevado. A título de comparação, 1/8 dos carros que alinharam para a corrida abandonaram em duas horas de prova.
Sobrou para a Toyota buscar o segundo lugar, mas já sem competitividade para buscar a Ferrari. Só um lance de sorte poderia mudar o resultado e ele quase aconteceu: com 23 minutos para o final, no pitstop derradeiro do #51, o carro demorou a pegar e o clima de apreensão ficou no ar, mas logo Pier Guidi voltou à pista.
Na sequência, os dois Cadillacs da Chip Ganassi Racing. O pódio foi completo pelo número 2 – Alex Lynn, Earl Bamber e Richard Westbrook – com o #3, de Scott Dixon, Sebastien Bourdais e Renger van der Zelde. O top 5 ficou com a Ferrari #50, que largou na pole da prova com Antonio Fuoco, Niklas Nilsen – eles superaram a Porsche Penske #5 na hora final de corrida, já que o bólido da montadora alemã teve problemas.
LMP2
Deletraz vinha voando na pista, mas como precisavam parar nos pits, foi o que deixou, digamos, a Inter Europol mais tranquila para a vitória.
A terceira colocação ficou com o WRT #31, que teve Sean Gelael, Robin Frijns e Ferdinand Habsburg se revezando na condução ao longo das 24 Horas.
GTE-Am
A Corvette, com seu time oficial, levou para casa a vitória da categoria com o carro #33. Longe de se envolver em confusão, cumpriu com a ‘receita’ da vitória. O trio do norte-americano Ben Keating, o holandês Nicky Catsburg e o argentino Nicolas Varrone terminaram na frente.
Os brasileiros
Não foi uma corrida com grandes resultados para o brasileiros, quase todos envolvidos em acidentes ou problemas mecânicos. Pipo Derani, por exemplo, não chegou a andar no Cadillac da Action Express inteiro, isso pelo fato de Jack Aitken, um de seus companheiro no #311, bateu logo na primeira volta, o que tirou qualquer competitividade do bólido.
Correndo no carro #75 da Porsche Penske, que tinha esse número em alusão aos 75 anos da Porsche, Felipe Nasr iniciou de maneira bem competitiva a corrida, mas uma falha na bomba de combustível obrigou a equipe a abandonar.
Competindo na categoria LMP2, Pietro Fittipaldi foi o responsável por colocar o carro #28 da Jota Racing na liderança em boa parte da corrida, mas as chances de vitória acabaram no início da noite, após David Hansson bater o carro.
Na mesma categoria, André Negrão viu sua Alpine envolvida em uma confusão com três carros e o acidente acabou com o sonho da vitória para a equipe. Antes da metade da prova, o brasileiro cheegou a colocar o carro na liderança, mas Memo Rojas se envolveu em uma confusão com outros dois bólidos – inclusive a Toyota #7 com Kamui Kobayashi pilotando -, o que entortou a roda da Alpine.
Daniel Serra foi um dos destaque na categoria GTE-Am, chegando a liderar a corrida durante o período noturno com a Ferrari da Kesser Racing, mas um problema mecânico no início da manhã francesa acabou com as chances de tricampeonato para o brasileiro.