A Andretti revelou a primeira imagem do carro de Fórmula 1 construído com as especificações do regulamento atual e que está em túnel de vento desde outubro do ano passado. Ainda à espera da aprovação da categoria após receber sinal verde da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para estrear na temporada 2025, a equipe reiterou que o foco no momento é aprender tudo sobre a atual geometria e como obter o melhor rendimento do projeto.
Após atender todos os pré-requisitos estabelecidos pela entidade que regula o esporte, a Andretti agora depende da liberação da F1, na pessoa do CEO, Stefano Domenicali, bem como das demais equipes do grid. Este tem sido o principal impasse, uma vez que os times atuais rejeitam a ideia de mais um competidor e usam como argumento a diluição do prêmio em dinheiro, além de dizerem que a Andretti “não agregaria valor” à classe.
Além disso, o trabalho de R&D (pesquisa e desenvolvimento, da sigla em inglês) também está em andamento na sede da GM — gigante do setor automobilístico que firmou parceria com a Andretti para levar a marca Cadillac à F1 —, em Charlotte, nos Estados Unidos. Cerca de 50 pessoas foram designadas para o projeto, em conjunto com outras 70 que atual no Reino Unido.
A Andretti está a pleno vapor para ter um carro competitivo na F1, seja em 2025 ou 2026 (Foto: Divulgação)
“Foi muito rigoroso, mas atendemos todos os requisitos. E estamos trabalhando duro em busca de avançar para termos um carro competitivo pronto para estrear em qualquer ano”, salientou. “Acho que todos estão realisticamente confiantes, dado o financiamento, o nome Andretti, a parceria com a GM, a GM fazendo sua própria unidade de potência para 2028. Isso deve acontecer”, completou Chester.
Em seguida, o ex-chefe-técnico da Renault destacou a importância de se ter um grupo completamente alinhado e disposto a desenvolver todo o trabalho que envolve o nascimento de uma nova equipe, tornando tudo “muito divertido e emocionante”.
Ao ser indagado, contudo, se há uma data limite para o início dos trabalhos em pista, Chester admitiu que o ideal seria que a decisão da F1 fosse tomada o quanto antes. “Não temos [um prazo], apenas o quanto antes soubermos, será possível fazer um carro melhor.”
“A data limite é mais um compromisso em termos de desempenho. Você pode começar a impulsionar [o desenvolvimento] mais tarde, mas acaba fazendo um carro pior. Quanto mais o tempo se arrasta, mais difícil fica para colocar um carro competitivo no grid”, continuou.
A intenção de ter um modelo de 2024, portanto, é puramente aprender, como acrescentou Chester. “Estamos efetivamente tentando desenvolver um carro atual e tirar lições dessa geometria e de como se pode obter mais desempenho com ela. Também tentar melhorar nosso rendimento desde o conceito, CFD (dinâmica de fluído computacional, da sigla em inglês), túnel de vento, visualização de resultados até retornar ao CFD. Estamos, portanto, tentando melhorar os processos e desenvolver um carro de 2024”, complementou, explicando, por fim, que caso a estreia seja adiada para 2026, nenhum trabalho aerodinâmico poderá ser feito antes de janeiro do ano que vem.
“Essa é uma mudança complicada de ser feita. Para 2026, as regras ainda não estão todas definidas. Existe um modelo CAD (desenho auxiliado por computador) por aí e há algum objetivo. Mas ainda não existe um conjunto completo de regulamentos. Por isso seria um pouco mais complicado mudar”, concluiu.
A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.
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