Aleix Espargaró revelou que o irmão, Pol Espargaró, precisou ser sedado após o forte acidente que sofreu nesta sexta-feira (24) por causa de fortes dores. Ainda assim, o titular da Aprilia contou que o caçula não tinha problemas para movimentar braços e pernas.
Restando pouco menos de 14 minutos para o fim do treino 2 da MotoGP em Portimão, Pol caiu na curva 10 e atingiu a barreira de pneus. As imagens, porém, deixam dúvida se o catalão foi ou não atingido pela própria moto.
Pol Espargaró sofreu queda na curva 10 e precisou de atendimento na pista (Foto: Reprodução/DAZN)
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
Companheiro de profissão, o irmão Aleix acompanhou o atendimento dos boxes da Aprilia e chegou a voltar para a pista para os minutos finais do treino 2.
“Bom, no fim, infelizmente, é algo com que você acaba se acostumando”, disse Aleix. “Faz muitos anos que compartilho a vida ou o trabalho, chamem como quiserem, com Pol e não é a primeira vez que isso acontece, então é duro e complicado, mas sempre é quando um companheiro cai, aparece a ambulância e colocam as lonas. Se é o seu irmão, é ainda mais complicado, mas é o nosso trabalho e temos de ser profissionais, mesmo que as vezes custe muito”, destacou.
Aleix, porém, não teve chance de conversar com o irmão. Quando o treino acabou, Pol já estava sendo removido de helicóptero. Assim, as informações foram repassadas pelo Dr. Ángel Charte, diretor-médico da MotoGP.
O pai dos gêmeos Max e Mia, porém, revelou que o irmão não tinha problemas em mover os braços e as pernas.
“Sim, sim. Parecia que movia tudo bem, que tinha muita dor, mas movia tudo bem e isso é bom”, frisou.
Questionado sobre como explica o fato de a curva 10 não ter proteção inflável, mas uma barreira de pneus, Aleix respondeu: “Não explico, mas não sou eu que tenho de dar essa explicação. Com essas motos, rodamos muito rápido e deveria haver ‘airfence’ por todos os lados”.
Marc Márquez também cobrou a instalação das barreiras infláveis e descartou esperar até 2024. O piloto da Honda destacou que as proteções têm de ser colocadas de imediato.
“Óbvio, sim, sim, mas não lá, em todos os lugares. Não dá para fazer os circuitos maiores, porque eles são como são, mas a queda de Pol na 10 também se chega ao muro em consequência da 9, porque é uma curva de descida muito rápida, que faço com o limitador em quarta marcha, porque, com tanta carga aerodinâmica, com tantas asas, voamos no centro da curva hoje em dia com essas motos”, explicou o mais velho dos Espargaró. “Então os circuitos de reta a reta ficam curtos. A velocidade máxima é sempre a mesma, porque com tanta carga, você não passa de 350 ou 360 km/h, mas o problema é que chegamos a 280 ou 300 com 400 metros de reta. Isso significa que tem de ter ‘airfence’ em todos os lugares”, encerrou.
Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.