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Teste Jeep Commander Overland 1.3T: Herança dos bons tempos

Apontando para o segmento premium, SUV de 7 lugares é um dos novos desejos de mercado

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A Jeep se apoia (genialmente) em sua história no Brasil antes de se tornar uma fabricante local. Quem não se recorda dos meados dos anos 1990 e começo dos 2000, quando celebridades e jogadores de futebol eram vistos no Grand Cherokee, normalmente preto ou verde, com detalhes dourados, pelas ruas – alguns até em acidentes polêmicos, aliás…

O Commander se apoia muito nessa aura premium da Jeep. Uma oferta reduzida de versões, acabamento bem feito, diversas tecnologias e porte para 7 lugares com um design mais voltado ao urbano que fora-de-estrada, fica bem aparente na versão Overland com o motor 1.3 turbo, de R$ 242.384 até o próximo aumento.

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Compass sim, Compass não

A estratégia da Jeep com o Commander é bem clara. Se aproveitando do sucesso que o Compass tem em nosso mercado, apresentou uma opção de sete lugares com uma identidade própria, mas carregando muito do SUV médio. Isso fica aparente pelo interior, por exemplo, praticamente o mesmo do Compass após a reestilização e dividindo muitos elementos.

Na primeira fileira, é como se estivesse no Compass, com bom espaço e duas áreas separadas pelo alto console central. Mudam alguns materiais do acabamento, mas os elementos se cruzam como o painel de instrumentos de 10,25″, o sistema multimídia de 10,1″ e todos os comandos e detalhes. Isso não é ruim, já que o SUV médio tem um bom acabamento e sempre se destacou por isso.

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As diferenças aparecem mesmo na segunda fileira. Há bem mais espaço para as pernas, comando de ventilação individual, e bem mais conforto. Temos um entre-eixos de quase 2,80 m, o que explica como colocar as pernas de adultos com folga no Commander. Se precisar da terceira fileira, trilhos correm e diminuem o espaço na segunda, mas nada impossível de usar.

Já a turma da terceira fileira terá que ser bem escolhida. Apesar da Jeep afirmar que pessoas com 1,80 m de altura se dão bem ali, a verdade é que não é bem assim. Elas até podem aguentar em uma viagem curta, mas ideal ali mesmo é colocar crianças , que terão disponíveis portas USB para recarga dos tablets ou smartphones para ficarem em silêncio. No porta-malas, amplos 661 litros com a terceira fileira rebatida, ou 233 litros se for levar mesmo os sete ocupantes.

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Melhor que o diesel?

Sempre gostei dos modelos com o 2.0 turbodiesel da ex-FCA. Compass e Renegade andavam bem e não foi o que senti com o Commander, um carro maior. Agora, foi a vez de ver como o grande SUV se comporta com o 1.3 turbo de até 185 cv e 27,5 kgfm de torque. Pela primeira vez, o preferi.

Mesmo com seus 1.700 kg, o Commander Overland conversa bem com o 1.3 turbo. A oferta de torque em baixas rotações o tiram de imobilidade até que facilmente e, por ser um motor mais elástico que o 2.0 turbodiesel, faz com que o Commander tenha um bom fôlego mesmo na cidade. O câmbio automático de 6 marchas se mantém com trocas suaves, mas nada rápidas, em prol do conforto.

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O Commander é um Jeep. A suspensão independente nas 4 rodas trabalha silenciosa e, mesmo no pior asfalto, a carroceria parece protegida do que passa sob as rodas de 19″. Na estrada, coloque na mesa o piloto automático adaptativo e assistente de faixas trabalhando com o bom isolamento acústico e o motor que trabalha de forma suave e temos um SUV grande e confortável para longos períodos ao volante ou como passageiro. A dinâmica em curvas condiz com seu porte e proposta, uma carroceria com uma certa rolagem, mas longe de passar insegurança ao motorista.

O consumo é o único ponto que pode te levar a pensar no diesel. Com etanol, o Commander 1.3 turbo marcou 6,9 km/litro na cidade e 8,2 km/litro, médias até “aceitáveis” por seu porte, mas que podem cair bem em caso de um trânsito pesado ou viajando realmente carregado. Só que no lugar dos R$ 242.384, irá pagar R$ 295.020 para manter a versão Overland com o motor 2.0 turbodiesel e o sistema de tração integral, ou R$ 52.636 a mais – quase um Renault Kwid Zen.

Embarcando no passado de sucesso

O Jeep Commander embarca não só no sucesso do Renegade e Compass, mas resgata um luxo dos anos 1990. Não a toa que tem fila de espera e é o SUV grande mais vendido, entregando um bom pacote de equipamentos. Eu escolheria o 1.3 turbo, anda melhor e tem funcionamento mais suave, além de ser mais barato, apesar do consumo não ser o melhor do mundo. Apesar que, se não precisar do amplo espaço interno, melhor ficar no Compass que estará bem atendido. Caso contrário, dá pra entender o sucesso do Commander e sua estratégia. Até a cor dessa unidade lembrou o passado…

Fotos: Mario Villaescusa (para o motor1.com)

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