Três anos depois de ter decido entrar no mercado automóvel, a chinesa Xiaomi acaba de ultrapassar a Apple e tornar-se no primeiro fabricante de telemóveis a lançar um automóvel 100% elétrico, o SU7, que vai chegar ao mercado já em 2024.
Apresentado esta quinta-feira, 28 de dezembro, num evento que teve lugar em Pequim, na China, o SU7 é um sedan, que tem por base a plataforma Modena da Xiaomi, que foi projetada para suportar arquiteturas elétricas de 400 volts e 800 volts, bem como sistemas de transmissão com um ou dois motores.
Equipado com motores elétricos desenvolvidos internamente pela Xiaomi, que o CEO da empresa, Lei Jun, diz ser um “motor super elétrico”, capaz de proporcionar velocidades de aceleração mais rápidas do que os carros Tesla e da Porsche, o SU7 vai apresentar duas versões, a de entrada com um motor elétrico instalado no eixo traseiro, com uma potência de 300 cv e um binário de 400 Nm, que é alimentado por uma bateria de 73,6 kWh, e que permite acelerar de 0 a 100 km/h em 5,28 segundos e alcançar uma velocidade máxima 210 Km/h, e uma autonomia de 628 km a 668 km em ciclo CLTC.
O design do SU7 é fruto da colaboração de ex-designers da BMW e Mercedes-Benz, e o modelo 100% elétrico apresenta-se 4,99 metros de comprimento, 1,96 metros de largura e 1,4 metros de altura, e um peso de 1980 kg. As linhas elegantes do elétrico da Xiaomi contribuem para um coeficiente de arrasto reivindicado de apenas 0,195 Cd, o que torna o SU7 num dos automóveis de produção aerodinamicamente mais eficiente.
Além disso, existe ainda um painel de instrumentos de 7,1″ e um Head-up display com realidade aumentada. Os passageiros do banco traseiro podem ainda desfrutar de dois ecrãs colocados nas costas dos bancos da frente. Nota ainda para um sistema de som com 23 altifalantes com Dolby Atmos.
O novo SU7 deverá estar à venda em 2024 e Lei Jun, revelou durante a apresentação do primeiro automóvel da Xiaomi que a ambição da marca para o setor automóvel é estar na linha da frente dos mais fabricantes. “Trabalhando arduamente nos próximos 15 a 20 anos, tornar-nos-emos um dos cinco maiores fabricantes de automóveis do mundo, esforçando-nos por elevar a indústria automóvel chinesa em geral”.
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