Desde 1929, a PEUGEOT nomeia seus veículos de passeio com uma sequência numérica de três ou quatro dígitos. Esse sistema, que define a posição do carro na gama da marca e sua geração histórica, persistiu com poucas mudanças ao longo das décadas.
A origem dessa tradição remonta ao PEUGEOT 201, um modelo intermediário essencial para a sobrevivência da marca durante a Grande Depressão, trazendo inovações significativas no design, produção e venda de automóveis. Originalmente, poderia ter sido chamado de Peugeot 629, mas o destino escolheu “201” como o 201º projeto da empresa. O sucesso comercial e a conveniência de um sistema simples e reconhecível ao criar o conceito de linha de produtos consolidaram essa prática.
Na época, a PEUGEOT não estava quebrando paradigmas, mas seguindo uma sequência que começou com o Type 1. A marca se afastava da prática comum de identificar um modelo apenas pela marca e um nome, seguindo uma abordagem menos rígida. O Peugeot 201, por exemplo, foi um marco ao vincular estreitamente a marca ao nome do modelo pela primeira vez.
Uma exceção ocorreu em 1985 com o lançamento do Peugeot 309, inicialmente destinado a ser um modelo Talbot. A partir de 2008, a introdução de novas silhuetas levou à distinção com dois zeros centrais. Em 2012, uma numeração diferenciada foi adotada para modelos em mercados emergentes, e em 2013, o “8” final foi mantido, simbolizando boa sorte na China.
A grande inovação veio em 2019, com a introdução do “E” seguido de um hífen para designar versões totalmente elétricas, começando com os PEUGEOT E-208 e E-2008. Assim, 90 anos após o lançamento do 201, a PEUGEOT continua a evoluir sua estratégia de nomeação, refletindo inovação e tradição em sua jornada automotiva.