O anúncio de que a Prema irá à Indy a partir de 2025 ligou o alerta para a categoria, que vai precisar se desdobrar para acomodar todos os carros em algumas pistas do calendário. Caso se mantenha dessa forma, o campeonato do ano que vem terá 29 competidores em temporada regular, o que pode ser além da capacidade de alguns autódromos.
Com 27 carros no grid atual, a Indy já encontra dificuldade em se instalar em algumas pistas, com Mid-Ohio e o circuito de rua de Toronto sendo os pontos mais críticos, operando praticamente no limite do espaço físico — não haveria boxes suficiente em caso de expansão.
Presidente da Indy, Jay Frye indicou que o assunto não foi aprofundado pela organização, mas que será discutido com mais afinco, até pela possibilidade de outras equipes além da Prema chegarem à categoria.
Jay Frye é o presidente da Indy (Foto: IndyCar)
“Também estão acontecendo conversas para duas ou três inscrições. Novamente, um bom contratempo para resolver. Há muito interesse sobre a Indy. Acho que se você olhar para o que aconteceu nos últimos anos, progredimos bastante”, completou.
Desde que a Penske Entertainment assumiu a categoria para a temporada de 2020, a Juncos passou a fazer parte da Indy em tempo integral, bem como a McLaren se tornou acionista majoritária na estrutura que compartilhava com a Schmidt Peterson.
Adotar o sistema charter, similar ao que a Nascar utiliza, é o desejo de Mark Miles, CEO da Penske Entertainment. O dirigente vai propor que a categoria tenha 25 vagas garantidas para todas as corridas do campeonato, que seriam oferecidas aos times que disputam a temporada de 2023, limitando a três por equipe. Caso esse formato seja aprovado, dois carros da Ganassi, a Prema e outros interessados em chegar à Indy ficaram fora — teriam de disputar na pista a classificação para mais duas vagas, pois Miles sugeriu que 27 seja o limite nas etapas além da Indy 500.
Piers Phillips, líder do programa da Prema na Indy, René Rosin, chefe da Prema, e Jay Frye, presidente da Indy (Foto: IndyCar)
Isso resolveria a questão logística dos boxes, mas pode afugentar outras equipes — a própria Prema admitiu que pode firmar parceria com outro time, apesar de revelar que ainda não discutiu internamente o assunto, pois vai aguardar a proposta do charter ser aprovada ou não.
“Provavelmente, vai ser uma mescla disso tudo. Vamos largar com o máximo de carros possíveis, mas, obviamente, existem alguns limites. Haverá um momento em que isso será abordado”, finalizou.
O GP de Long Beach da Indy está agendado para acontecer no dia 21 de abril, no circuito de rua montado na Califórnia. A corrida tem cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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