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MotoGP faz teste decisivo em Misano pensando na temporada 2024

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A MotoGP vive um dia decisivo nesta segunda-feira (11). Um dia após o GP de San Marino e da Riviera de Rimini, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade segue em Misano para um dia de testes coletivos. E a atividade promete ser decisiva pensando na temporada 2024.

A elite da motovelocidade mundial atravessa um momento de domínio das fábricas europeias e, justamente por isso, o teste tem contornos vitais para as marcas japoneses. Além de precisarem melhorar na pista, Honda e Yamaha dependem de avanços claros para assegurar o futuro de Marc Márquez e Fabio Quartararo.

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Marc Márquez quer ver melhora da Honda para garantir permanência em 2024 (Foto: Repsol)

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A posição mais comentada é a do espanhol. Em 2024, Marc entra no último ano de um contrato de quatro temporadas, mas são muitos os rumores que apontam para uma saída antecipada, dada a insatisfação do piloto com a RC213V. No domingo, ao ser questionado por Jorge Lorenzo, agora comentarista do serviço de streaming espanhol DAZN, se está garantido que seguirá com a equipe pela qual conquistou os seis títulos que possui na MotoGP, o #93 deixou o mistério no ar.

“Amanhã temos um teste muito importante onde vamos utilizar a nova moto, que precisamos seguir melhorando, claro. É a que o [Stefan] Bradl usou neste final de semana. A partir daí, as palavras não adiantam mais, só as ações. É preciso mudanças para seguir na Honda”, afirmou. “Mudanças não só amanhã [no teste]. Já não valem os PDFs, nem os ‘e se’. Não, mudanças precisam acontecer. Um piloto pode prometer muito, mas se não saem os resultados ele está fora. Em um projeto, o piloto também exige isso. O limite? Isso vai sendo visto”, completou Márquez.

A situação de Quartararo também é cercada de incertezas. Não existe questionamentos, ao menos por agora, de que o piloto de Nice vai cumprir o contrato com a casa de Iwata, mas a Yamaha corre o risco de perder o principal piloto no fim de 2024 se não apresentar evolução na YZR-M1.

Após a corrida de San Marino, Fabio contou que vai testar nesta segunda-feira um novo motor, além de chassi e aerodinâmica. O propulsor tem sido um ponto fraco da casa dos três diapasões. Para este ano, a peça ficou mais potente, mas ainda distante de poder enfrentar o poderio de Ducati, KTM e Aprilia.

Além disso, a mudança no motor deixou a M1 menos amigável, o que jogou Quartararo e Franco Morbidelli para o fundo do pelotão. O campeão de 2021 reclama constantemente de não conseguir ultrapassar.

“É um problema que temos há anos e anos”, lembrou Fabio. “Mesmo quando eu ganhei o campeonato, disse: ‘não podemos vencer mais com essa moto’. E, ano passado, terminamos em segundo, não vencemos. Mas este ano é ainda pior”, continuou.

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Fabio Quartararo também pressiona a Yamaha por uma YZR-M1 mais forte (Foto: Yamaha)

“Quando você é muito mais rápido do que os caras à sua frente, você tem de ultrapassar. É com isso que estamos em dificuldade, é a mesma coisa em todas as pistas”, indicou. “Peço desde 2020 e 2021 por mudanças na moto. Mas acho que, para a mentalidade japonesa, quando a moto está na primeira posição, não querem correr nenhum risco. Quando você é vice-campeão no ano passado, lutando pelo campeonato, não querem arriscar demais”, ponderou.

“Então terminar neste tipo de posição e ver a Yamaha no último lugar do Mundial de Construtores, talvez mude um pouco isso. Mas, claro, temos de fazer grandes mudanças e acho que estamos com muitos anos de atraso”, avaliou.

Do lado da Ducati, o clima é completamente diferente. A marca domina a MotoGP atual e defende o título na liderança do Mundial de Pilotos com Francesco Bagnaia. Sendo assim, não existe grande preocupação com o que a casa de Borgo Panigale vai colocar na pista. Mas nem tudo é perfeito. A casa italiana estará desfalcada nesta segunda-feira, já que Enea Bastianini se recupera de cirurgia de mão e tornozelo esquerdos. Além disso, o #1 não é esperado na pista, já que precisa se recuperar os efeitos do grave acidente que sofreu em Barcelona. Marco Bezzecchi, da VR46, também não testa por causa dos ferimentos sofridos no GP da Catalunha. Piloto de testes da marca, Michele Pirro também não poderá testar, já que sofreu uma contusão no tornozelo direito em uma queda no GP de San Marino.

Do lado da KTM, a expectativa só pode ser positiva. No fim de semana, Dani Pedrosa disputou o GP de San Marino e da Riviera de Rimini e foi muito bem usando já algumas novidades da marca austríaca preparadas para 2024. O espanhol, que está aposentado desde o fim de 2018, conseguiu o quinto posto no grid e foi quarto colocado na sprint e no GP de domingo.

A Aprilia, por sua vez, tenta usar a oportunidade para dar mais um passo com a RS-GP. Aleix Espargaró já venceu duas vezes este ano com o protótipo de Noale, mas é preciso seguir avançando para alcançar o nível da Ducati, especialmente, e entrar na briga pelo título.

A atividade será dividida em dias sessões: uma de 3h45 e outra de 4h. O teste se encerra às 13h (de Brasília).

A MotoGP retoma as atividades no fim de semana do dia 24 de setembro, com o GP da Índia, a ser disputado em Buddh. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das classes menores Moto2 e Moto3.

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