A MotoGP adiou pelo menos até Mugello a introdução de punições aos pilotos que forem flagrados rodando com a pressão dos pneus abaixo do mínimo exigido. O novo regulamento deveria entrar em vigor neste fim de semana, no GP da Espanha.
Inicialmente, as fábricas iriam usar as primeiras provas do ano para coletar informações da pressão dos pneus em tempo real por meio de um sensor padronizado. Depois, a partir de Jerez, entrariam em vigor as punições.
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De acordo com a categoria, porém, o sistema “continua em preparação para introdução e aplicação corretas”, com “mais análise” durante os GPs da Espanha e da França.
“Como acordado com a MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas), o sistema padrão não seria introduzido antes de Jerez 2023 e exigia validação para garantir um sistema confiável para verificações”, explicou a organização do campeonato. “Os testes começaram durante a pré-temporada e seguem em curso em preparação para a introdução e aplicação completas”, seguiu.
Como a pressão dos pneus varia constantemente quando os pilotos estão na pista, será adotada uma tolerância antes da aplicação de punições. Atualmente, os limites permitidos pela Michelin são de 1.9 bar para a dianteira e 1.7 para a traseira.
Apesar da boa tolerância, o novo regulamento prevê punições severas, como o cancelamento do tempo de volta ou até mesmo a desclassificação da corrida.
Os pilotos, porém, não estão nada satisfeitos com o novo regulamento. Eles avaliam que, para ficarem dentro do limite pré-estabelecido, terão de deixar os pneus com uma calibragem mais alta, o que seria um problema em momentos em que o pelotão está agrupado — como acontece nas corridas —, já que a temperatura e a pressão aumentam.
Se, por outro lado, iniciarem as sessões com pressões mais baixas esperando essa subida, mas se encontrarem isolados na disputa, então existe o risco de desclassificação.
Franco Morbidelli foi um dos que reclamou do novo regulamento, já que entende que as regras não deveriam ser alteradas com o campeonato em curso.
“Isso é complicado. Não está claro”, avaliou o ítalo-brasileiro. “Deveria ficar mais claro. Definitivamente, deveria. Não tenho muita informação a respeito disso, diria que felizmente, pois ficaria ainda mais incomodado. Realmente não é uma situação clara e eu não gosto de situações incertas”, seguiu.
“Eu gostaria de ter regras claras no momento em que o campeonato começa, como deveria ser. [Mas] algumas coisas não estão acontecendo como deveriam. Se dependesse de mim, faria todo o campeonato da maneira como começamos”, defendeu. “Qual o sentido de não penalizar alguém no início do campeonato e aí, de repente, começar a punir e mudar as regras durante o campeonato?”, questionou.
“Isso muda o equilíbrio do campeonato. Deveria começar de um jeito e terminar do mesmo. É assim que eu vejo. Talvez esteja errado, não dedico muito tempo a pensar nessas coisas, pois tento correr e não organizar campeonatos”, disparou. “Mas eu não vejo uma partida de futebol em que as regras mudam durante o jogo. Na Copa do Mundo, as regras não mudam durante o campeonato”, comparou.
O segundo treino da MotoGP para o GP da Espanha, em Jerez de la Frontera, acontece às 10h. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.
📺 Onde assistir ao vivo ao GP da Espanha de MotoGP
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