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Moto também é coisa de mulher: habilitação feminina cresce 80%

As motociclistas passaram de 4,6 milhões há dez anos para 8,2 milhões, atualmente

moto também é coisa de mulher: habilitação feminina cresce 80%

Foto: Arquivo Pessoal

Na última década, a presença feminina no universo das motocicletas saltou no Brasil.

De 2012 para cá, houve um aumento de 81,5% no número de mulheres com habilitação A em todo Brasil, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

As motociclistas passaram de 4,6 milhões há dez anos para 8,2 milhões, atualmente.

Um em cada três clientes são mulheres

Para se ter uma ideia, a rede de concessionárias Blokton, com 19 lojas, e que comercializa motocicletas da Honda no Paraná, teve 30,2% de mulheres como clientes, entre janeiro e abril de 2022.

O percentual está em linha com os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), no qual afirma que, atualmente, um em cada três compradores de motos no país é do sexo feminino.

Os modelos mais requisitados foram a Biz e CG 160, além da PCX. Apesar da maioria buscar scooters e os modelos de até 160 cc, na Blokton as mulheres também querem pilotar motos de alta cilindrada, como CB 500X, NC750 e Africa Twin.

Toque feminino

“A mulher está cada vez mais independente e encontrou na motocicleta uma aliada para economia de tempo e menor gasto com combustível, além da liberdade em se locomover”, comenta Leise Braga, gestora da concessionária Honda Blokton Marechal, em nota divulgada.

Segundo ela, as mulheres são mais detalhistas do que os homens na hora da compra. Querem saber sobre consumo, valor de parcela que cabe no bolso, acessórios que a motocicleta possui, capacete mais adequado, entre outros aspectos.

Moto para superar a depressão

Se algumas preferem a motocicleta como economia, agilidade no trânsito ou fonte de renda, ela também pode evitar a depressão. Essa é a história de Telma Crummenauer.

“Eu joguei o pano de prato aos 46 anos (ao entrar no mundo das motos) e descobri que poderia superar qualquer medo”, relata a mãe, esposa, empresária e hoje motociclista, de 53 anos.

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Com a chegada dos filhos, ela havia saído de frente do guidão e ido parar na garupa. “Virei garupa do meu marido por 26 anos”, lembra. Mas, Telma entendeu que precisava pilotar a própria vida.

Os últimos oito anos dela foram intensos, desde que começou a acelerar uma Honda Shadow 750. Boa parte vividos após ela criar a confraria Filhas do Vento e da Liberdade, atualmente com mais de 10 mil simpatizantes em todo o Brasil.

Com o grupo, Telma caiu na estrada para vivenciar viagens e realizar inúmeras ações sociais, ajudando ONGs, além de auxiliar muitas das próprias integrantes, que, assim como ela, enfrentaram algum tipo de problema pessoal.

“As motos podem fazer muita diferença na vida de mulheres. E o grupo mudou a vida de muitas delas, e para melhor. E, isso não tem idade. Eu vejo mulheres de 60 anos tirando a CNH A e arrasando nas estradas. Em cima da moto, o nosso espírito é livre”, diz.

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Entre as diversas realizações, Telma tem orgulho de ter feito parte do primeiro grupo feminino a contornar todo o estado do Paraná sobre duas rodas, em 2020, no projeto “Filhas do Paraná”. E da expedição só com mulheres para o deserto do Atacama, no Chile, em 2019, rodando 9 mil quilômetros.

“Foi uma reunião de mulheres cansadas de andar na garupa e ansiosas para superar desafios. Não tivemos assistência de carro de apoio ou qualquer homem motociclista durante 27 dias”, observa.

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