Unidade do subcompacto elétrico foi importada para o teste e impressionou até jornalistas veteranos
A China tem causado polêmica por estar começando a vender carros elétricos baratos no mundo todo. As montadoras europeias, japonesas e americanas têm se esforçado para vender seus carros elétricos a um preço razoável, sem sacrificar qualquer aparência de lucratividade. Enquanto isso, os elétricos baratos das chinesas continuaram a se proliferar em todo o mundo, alcançando a paridade de preço com os carros a combustão sem detonar o lucro.
Buscando descobrir como os fabricantes chineses fazem isso, a Caresoft, empresa de benchmarking automotivo da área de Detroit, importou um BYD Seagull (nome original do nosso Dolphin Mini) para análise. Em dólares, o carro custaria cerca de US$ 11.500, o que se converte em praticamente R$ 57 mil, pela versão com bateria de 38 kWh. Com ele, o veterano jornalista automotivo John McElroy e Terry Woychowski, presidente da Caresoft, ficaram significativamente impressionados. “Isso não parece barato”, disse Woychowski.
O vídeo começa com os dois analisando o exterior do veículo, enquanto Woychowski destaca algumas das prováveis medidas de economia de custos adotadas pela BYD para fabricar o Dolphin Mini (Seagull). Por exemplo, o subcompacto tem apenas um único limpador de para-brisa em todo o veículo, e ele fica na parte dianteira. Não há limpador traseiro, o que significa que a BYD só precisa fabricar um braço de limpador, um motor de limpador e uma lâmina de limpador, reduzindo os custos.
Da mesma forma, os dois apresentadores comentaram sobre o talento da BYD para a integração vertical. Pouca coisa, ou quase nada, no Seagull é terceirizada para um fornecedor externo. Painéis da carroceria, conjuntos de luzes, motores, baterias, componentes eletrônicos de potência e outros são fabricados internamente, pela própria BYD.
O vídeo mostra McElroy e Woychowski impressionados com a qualidade percebida e o imenso valor do Dolphin Mini. Por custar menos de US$ 12 mil, o Seagull oferece muita utilidade e equipamentos por um preço não muito alto. Esse veículo de teste veio com um volante revestido de couro (sintético), controle de cruzeiro, banco do motorista com ajuste elétrico e uma quantidade surpreendentemente alta de superfícies macias ao toque. McElroy ficou impressionado com a experiência de dirigir. Com apenas 75 cv de potência, ele não é rápido, mas é bastante adequado.
Galeria: BYD Seagull
Isso mostra mais uma vez o quanto a China e a BYD avançaram na corrida automotiva global. Assim entende-se por que tantos consumidores estão comprando BYDs e similares. Os carros chineses chegaram a um ponto em que são comprados por mérito e não necessariamente por serem baratos. Esses fatos significam que os elétricos chineses são uma ameaça existencial para todas as outras montadoras.
O BYD Seagull da Caresoft será desmontado, estudado e testado como referência. Em breve, teremos uma melhor compreensão de como a BYD conseguiu tornar esse carro tão barato e se isso é possível para outras montadoras.
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