O BYD Seal foi lançado na semana passada no Brasil com preço de R$ 296.800 – um valor que causou perplexidade pela sua competitividade para um carro com performance e tecnologia superior a um Porsche Taycan.
O BYD Seal tem preço competitivo também na Europa: as versões com autonomia de 550 quilômetros e 700 quilômetros do Seal custam 44.900 euros (R$ 240 mil) e 50.990 euros (R$ 271 mil).
O Seal é quase totalmente fabricado na China, com cerca de 10% ou menos de peças provenientes de fornecedores estrangeiros, incluindo alguns chips automotivos da Qualcomm, estima o UBS.
O Seal é uma vitrine da engenharia e da tecnologia da BYD, a maior fabricante de carros elétricos do mundo, com uma força de trabalho de 600 mil funcionários – cinco vezes maior que a da Tesla – incluindo 90 mil engenheiros.
A BYD também fabrica suas próprias baterias e semicondutores, e tem um custo de produção 15% menor que o Tesla Model 3, e 30% menor que o VW ID.3
O sedã esportivo elétrico chega à Europa com uma vantagem de preço de 25% sobre seus concorrentes, mesmo acrescentando impostos e taxas de frete.
Até 2030, os produtores chineses terão cerca de 33% do mercado automóvel global, acima dos 17% do ano passado, graças à sua vantagem na eletrificação, enquanto os seus homólogos ocidentais verão a sua quota cair de 81% para 58%, afirmou.
As previsões do UBS para o mercado automóvel global em 2030 são também notáveis pela visão de que os fabricantes de automóveis chineses não irão operar nos EUA – o segundo maior mercado automóvel do mundo.
E também não terão sucesso no Japão, na Coreia do Sul e na Índia, que têm todos fortes operadores nacionais.
Com informações: Auto News e YiCai