Austin era encarregada por ser a única representante dos EUA no calendário da Fórmula 1 entre as temporadas 2012 e 2021. Entretanto, com as chegadas das provas de rua em Miami e Las Vegas, que tem a primeira edição marcada para 18 de novembro deste ano, a corrida no Circuito das Américas virou uma espécie de ‘patinho feio’ da imprensa local e, por consequência, recebeu uma concorrência interna forte no quesito entusiasmo dos fãs.
Apesar disso, o dono da pista, Bobby Epstein, afirmou que a etapa no Texas vai manter a sua configuração tradicional de entretenimento, minimizou a disputa interna com Miami e Las Vegas e revelou aguardar a presença de aproximadamente 500 mil pessoas durante o todo o final de semana para justificar o apelido de “corrida do povo” americano.
“Não acho que estamos fazendo nada diferente, na verdade, porque o que é bom é que os outros eventos, quando entraram, cada um tentou estabelecer sua própria identidade única”, afirmou Epstein, em entrevista coletiva.
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“Não precisamos mudar nossa receita, está funcionando. Os fãs olharam para nós e disseram, de muitas maneiras, que esta é a corrida do povo. Vimos este nome muitas vezes. É bom ver isso e vamos tentar estar à altura disso”, prosseguiu.
Apesar da concorrência em termos de entretenimento, especialmente porque Miami e Las Vegas são destinos mais procurados por turistas em comparação à cidade texana, Epstein vê como benéfica a realização de três corridas nos EUA, que só contribuem para o crescimento da audiência da F1 na América do Norte.
“Vimos isso no ano passado com a multidão enorme que veio. Isso foi uma combinação de exposição adicional aos EUA, tanto da corrida em Miami, da Netflix e do que fizemos no passado”, afirmou. “Então, acho que outras corridas podem funcionar como um comercial e podem ser muito complementares ao que estamos fazendo. É ótimo ver a corrida na primavera [americana] em Miami, em maio, porque nos permite chamar a atenção do telespectador dos Estados Unidos”, completou.
Embora o GP de Miami seja realizado nos arredores do Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins, franquia da NFL, e a prova de Las Vegas na região denominada de Strip, área conhecida mundialmente por luxuosos hotéis com cassino e uma ambientação iluminada pelas luzes neon, sejam mais estravagantes que Austin, a programação da corrida no Circuito das Américas aposta nas apresentações musicais na área da pista para atrair os fãs da F1. Neste ano, a banda de rock americana, The Killers, será a principal atração.
“Quando começamos a adicionar música, causamos muito barulho no sentido de que os puristas disseram: ‘O que vocês estão fazendo, estão arruinando o esporte’, quando na verdade estávamos apenas dando mais valor ao cliente. Agora acho que, olhando para trás, as pessoas vão ver isso e dizer que estamos realmente agindo no melhor interesse dos fãs e das famílias que querem vir ao evento e estamos tentando torná-lo atraente para um público mais amplo”, avaliou Bobby.
Com a programação musical aliada ao final de semana de corrida, o dono do Circuito das Américas tem a expectativa que aproximadamente 500 mil pessoas acompanhem o evento em Austin, superando a marca de 440 mil atingida no ano passado. O GP no Texas, 18ª etapa da temporada 2023, está programado para acontecer entre os dias 20 e 22 de outubro.
A Fórmula 1 está de férias e retorna no próximo final de semana, de 25 a 27 de agosto, em Zandvoort, na Holanda. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2023.
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