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Teste Mercedes-Benz GLS 450 2022: a definição de SUV premium

Por R$ 954.900, o utilitário esportivo do sedã Classe S leva 7 pessoas com conforto de sobra

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O ápice da linha normal da Mercedes-Benz normalmente é representada pelo luxuoso Classe S, o sedã grande que frequentemente serve de vitrine para as novas tecnologias da marca. Quem quiser um SUV no lugar, tem a opção do Mercedes-Benz GLS 450 2022, nova geração do gigantesco utilitário que desembarcou no Brasil em fevereiro deste ano, sendo vendido em versão única por um valor que combina com seu tamanho: R$ 954.900.

Dentro da linha de SUVs da marca alemã, o Mercedes-Benz GLS 450 2022 só perde em preço para dois modelos da AMG: o GLE 63 S Coupé (por R$ 1.184.900) e o G 63 (R$ 1.685.900). Ou seja, se desempenho não é bem o seu foco, será muito bem atendido. E, obviamente, por esse preço, já vem praticamente completo.

Mercedes-Benz GLS 450

Cabe tudo e mais um pouco

Logo quando peguei o GLS 450, a minha primeira reação foi ver o quão grande é o SUV. São 5,20 metros de comprimento, o que supera muitas picapes médias e SUVs derivados das caminhonetes, como Toyota SW4 ou Chevrolet Trailblazer. Até mesmo olhando para outras marcas, dificilmente encontrará algo tão grande. Um dos poucos utilitários que chega perto é o Range Rover Autobiography LWB, que mede 5,19 m.

Também é grande nas outras medidas, com 2,15 m de largura, 1,82 m de altura e um entre-eixos de 3,13 m. Este tamanho generoso ajuda no ponto mais importante do utilitário: oferecer espaço de sobra para 7 pessoas e ainda ter um bom porta-malas. Com a terceira fileira no lugar, o bagageiro tem capacidade para 355 litros – mais do que os 320 litros do Jeep Renegade, SUV compacto mais vendido do Brasil. Rebatendo todos os bancos, o espaço para malas sobe para 2.400 litros, praticamente uma caçamba de picape.

A distância maior de entre-eixos permite que o GLS tenha algo que é difícil encontramos em carros menores de 7 lugares, com espaço o suficiente para que adultos fiquem confortáveis na terceira fileira. O assoalho fica no mesmo nível que demais fileiras, então não tem o problema de joelhos altos. E, como a fileira central pode ser movida mais para frente (com ajuste elétrico), também aumenta o espaço para pernas.

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Controlar os bancos é um show a parte. Ao abrir o porta-malas, as laterais contam com controles para a segunda e terceira fileiras, rebatendo ou movendo tudo por meio de botões, inclusive com controle individual, caso queira baixar somente um dos assentos. Conta com portas USB e saídas do ar-condicionado para quem for na última fileira.

O conforto vai aumentando conforme vamos para os bancos mais à frente. Os assentos centrais são confortáveis, cabendo três adultos com tranquilidade e ainda podem ajustar o ar-condicionado por meio de um controle digital específico, que tem até função automática.

Quem vai se divertir mais é o motorista e o passageiro dianteiro. Além do espaço, os bancos são bem macios e trazem uma função de massagem com diferentes modos, alguns até simulando o uso de pedras quentes, focando nos ombros ou nas costas. Tem até uma opção de personal trainer, que dá instruções para fazer alongamento enquanto está parado em um congestionamento.

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O seu tamanho atrapalha tanto quanto uma picape média em algumas situações, como um estacionamento apertado. Tive até que trocar a vaga onde normalmente paro na redação do Motor1.com e usar uma maior, pois ficava muito para fora da demarcação e ocupava o espaço da vaga de trás (ou para frente na passagem). Não é difícil manobrá-lo por conta das câmeras que dão uma visão ao redor do carro e também pelo sistema de estacionamento automático bem competente.

Tecnologia de ponta

Como fez sua estreia em 2019 na Europa, o GLS acabou ficando levemente para trás em tecnologia em comparação ao Classe S. Isso porque o sedã já mudou de geração e trouxe ainda mais novidades que levarão um tempo para aparecer no SUV, como um para-brisa com realidade aumentada (no lugar de um head-up display) e até airbag central.

Isso não significa que o GLS fique devendo na lista de equipamentos, pois vem com tudo o que pode se esperar de um carro que beira R$ 1 milhão. Começando com o head-up display que citei acima, um dos melhores no mercado nacional, projetando uma pequena tela com três painéis independentes, permitindo escolher qual informação será mostrada, como consumo instantâneo, o sistema de condução semi-autônoma ou detalhes sobre inclinação durante uma condução em uma trilha.

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Tem tudo o que se espera de um carro neste valor, como o sistema MBUX com duas telas de 12,3″ para os instrumentos e a multimídia, iluminação interna em LED com 64 opções de cores, carregador wireless para smartphones, câmera 360°, faróis e lanternas full-LED, comandos por voz usando o “Hey Mercedes” e mais. Tem duas coisas que valem apontar: todas as portas USB são do tipo USB-C, então você precisará de um cabo deste tipo ou um adaptador; e o Android Auto e Apple CarPlay funcionam somente com fio – e pensar que o Fiat Mobi, bem mais barato, tem isso sem fios…

A eletrônica aparece em outras funções. Por exemplo, a suspensão pneumática tem quatro níveis de ajuste e uma opção que automaticamente baixa o carro para a posição mínima na hora de sair e entrar do veículo. Ainda vem com reboque embutido e é possível recolhê-lo para baixo do veículo através da multimídia.

Mais econômico que o esperado

Para mover um carro de 5,20 m e que pesa 2.460 kg, o motor tem que entregar um bom desempenho. Sob o capô está o 3.0 turbo de seis cilindros, gerando 367 cv a 5.500 rpm e um torque máximo de 51 kgfm a partir de 1.600 rpm. Tudo isso é controlado por um câmbio automático de 9 marchas e transmitido para as quatro rodas pelo sistema integral 4Matic.

Rodando nos modos Comfort ou Eco, o GLS 450 anda de forma mansa, exigindo que pise fundo no acelerador para o motor acordar de fato. Mude para o Sport ou Sport+ e todo o potencial do propulsor de seis cilindros aparece. Em nosso teste, o 0 a 100 km/h levou 6,7 segundos, um resultado interessante para um utilitário grandalhão desses. Mesmo a retomada foi boa, registrando 5 segundos para ir de 40 a 100 km/h. Usando discos ventilados nas quatro rodas, mostrou uma frenagem de 100 km/h a 0 km/h em 40,4 m.

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Com este peso todo e um motor relativamente grande, esperava precisar abastecer o carro durante o período de testes. Não foi o caso, pois mesmo rodando bastante, ainda fiquei longo do posto de combustível. Para começar, tem um tanque de 90 litros, o que já dá uma autonomia longa.

Além disso, é equipado com um sistema híbrido-leve de 48V, que exige um pouco de prática para aproveitar bem. Em velocidades de cruzeiro, é possível usar um pouco da força elétrica para manter o SUV em movimento enquanto o motor é desligado – simplificando, é como se estivesse na banguela. Ao pegar muitas vias rápidas, estradas ou caminhos com muitas descidas, saber trabalhar o uso desta tecnologia ajuda a reduzir consideravelmente o consumo de combustível. Tanto é que fez 7,2 km/litro na cidade e 11,8 km/litro na estrada, menos do que alguns modelos consideravelmente menores e com motores mais antigos.

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Luxo para poucos

Mesmo que o Mercedes-Benz GLS 450 2022 seja grande demais ou caro demais para mim, não posso negar que bateu uma certa tristeza na hora de me separar do SUV. É o ápice do luxo da marca alemã na área de utilitários e fica devendo muito pouco em comparação ao Classe S, por conta da diferença entre as datas de lançamento até na Europa.

Sim, é muito caro e R$ 954.900 é muito dinheiro. Não tem muito o que fazer, já que vem importado dos Estados Unidos e a cotação do dólar está acima dos R$ 5,00. Mas, para quem tem uma conta bancária bem recheada e procura o melhor que a Mercedes-Benz pode oferecer para viajar com a família, o GLS cai como uma luva.

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