Os smartphones evoluem menos do que deveriam. Essa é a visão de Ricardo Aguilar, editor e analista especializado em mobile do site parceiro Xataka há 5 anos. Ricardo analisa celulares desde o HTC Tattoo, em 2009. Nesta uma década e meia de serviços, ele chegou a conclusão que muita coisa deveria estar melhor, inclusive nos modelos top de linha.
Nestes muitos anos analisando telefones celulares, Aguilar viu como a tecnologia em outras áreas evoluiu absurdamente. Lá em 2009 era inimaginável termos algo como o Vision Pro, o piloto automático dos carros Tesla ou até mesmo uma IA como o ChatGPT. Esses avanços fascinantes não foram acompanhados pelos smartphones – que apesar da grande evolução em relação aos primeiros, hoje apresentam mais “estagnação”.
1. O que acontece com as baterias? 
Bateria é um ponto que pouco evolui nos últimos anos (Imagem: via Xataka/Reprodução)
A bateria é um dos pontos que mais preocupa o analista de tecnologia. Em pleno 2024, uma bateria “grande” é uma com 5.000mAh. A Xiaomi foi uma das primeiras empresas a apostar neste tipo de baterias… lá em 2019. Desde então, tem sido praticamente impossível ver um telefone comercial (exceto celulares “raros” e não direcionados ao grande público) com baterias de maior capacidade.
O editor do Xataka cita que a principal limitação é a espessura do telefone. Embora as baterias e suas tecnologias estejam melhorando, um telefone celular com uma bateria enorme tem o sacrifício da espessura. Talvez a questão seja se os usuários se importam mais se o telefone for grosso ou se a bateria vai durar mais de um dia. Pessoalmente, Ricardo Aguilar acha que o segundo ponto é muito mais atraente.
2. O som, um grande esquecido 
Ricardo Aguilar também cita o som como um fator negativo (Imagem: via Xataka/Reprodução)
Ricardo afirma ainda não se lembrar de nenhum celular nos últimos anos em que tenha visto um “antes & depois” significativo em relação às tecnologias de som anteriores – diferentemente do que acontece com as câmeras, por exemplo. Talvez seja uma guerra um tanto perdida, também limitada pelo tamanho do próprio telefone, mas Aguilar sente falta que os telefones caros ofereçam áudio de verdadeira qualidade.
3. Resistência, corpo e tela
Durante os últimos anos, optamos por materiais como aço, titânio, vidro na parte traseira. Todos materiais premium e agradáveis de ver mas… pouco resistentes. Cada vez que Ricardo faz uma review de celular, ele toma muito cuidado para que ele não seja arranhado por qualquer partícula de poeira que possa ter no bolso. Nenhum Gorilla Glass Victus aguenta um bolso com poeira, garante Aguilar.
A mesma coisa também acontece com o corpo dos próprios telefones. A menor queda é capaz de danificar gravemente os metais dos celulares que prometem ser mais resistentes. A resistência das telas também é algo que incomoda Ricardo Aguilar. Por mais que elas sejam resistentes, elas ainda trincam e racham com facilidade, analisa o editor do Xataka.
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