Sexto colocado no GP da Espanha, Lance Stroll mais uma vez passou longe do pódio na temporada 2023 da Fórmula 1 — ao menos, entretanto, bateu o companheiro de equipe Fernando Alonso, que fechou em sétimo. O canadense chegou a superar Lewis Hamilton na largada, mas foi ultrapassado de volta e admitiu surpresa com o ritmo da Mercedes — que colocou seus dois pilotos no pódio e subiu de nível com as atualizações do ‘W14B’. Segundo Lance, a principal vantagem das Flechas de Prata estava no desgaste dos pneus.
“Foi apenas o desgaste. A Mercedes cuidou de seus pneus muito bem”, avaliou. “Senti que, quando estávamos no começo do primeiro stint, em terceiro, eu estava confortável em apenas manter a distância para Carlos [Sainz], até consegui me distanciar de Hamilton um pouco”, comentou.
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Lance Stroll sofreu com os pneus no GP da Espanha (Foto: Aston Martin)
Stroll reconheceu que suas expectativas para a corrida não se confirmaram, já que esperava ter o segundo melhor carro do grid — atrás apenas da Red Bull. Entretanto, a Aston Martin não conseguiu imprimir o mesmo ritmo das demais etapas e precisou se contentar com os 14 pontos conquistados em Barcelona.
“A Mercedes tinha um foguete, não sei como eles encontraram aquele ritmo”, admitiu Stroll. “Eu esperava que tivéssemos o melhor carro, depois da Red Bull. Esperava isso depois de todas as corridas este ano, mas simplesmente não tínhamos”, lamentou.
“Tivemos muito desgaste [dos pneus] e sofremos com nosso ritmo em comparação a Mercedes e Ferrari”, apontou. “A Red Bull está em outro nível. Simplesmente não tínhamos a vantagem”, observou Stroll.
Aston Martin foi ultrapassada pela Mercedes e caiu para o terceiro lugar no Mundial de Construtores (Foto: AFP)
No fim da corrida, quando Alonso encostou de vez em Stroll e chegou a diminuir a vantagem do canadense para 1s, o espanhol avisou pelo rádio que não queria entrar em uma batalha com o companheiro de equipe. Lance abordou o tema e argumentou que a atitude do bicampeão demonstra sua capacidade de trabalhar em equipe.
“Nós éramos sexto e sétimo colocados, [precisávamos] levar o carro para casa, pensar no Mundial de Construtores”, frisou. “Nós respeitamos um ao outro como companheiros e queremos marcar o máximo de pontos para a equipe. Nessas situações, é horrível ter uma acidente por causa de alguns poucos pontos”, admitiu.
“É mais sobre chegar com o carro intacto. Todos os caras [na fábrica] trabalham muito duro e merecem isso”, finalizou o canadense.
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