Sem motor, Rui Gonçalves empurrou moto na parte final da quarta etapa do Dakar
Desde muito cedo Gonçalves conseguiu ‘instalar-se’ numa posição de destaque a oscilar entre o 13.º e 11.º posto da tabela classificativa. Com o regresso da areia em força, o piloto da Sherco rapidamente se evidenciou neste terreno e efetuou um troço cronometrado praticamente sem erros de pilotagem, e com uma navegação exemplar.
Porém, nos derradeiros quilómetros da etapa, o motor da Sherco de Rui Gonçalves deixou de funcionar e o piloto de Vidago viu-se obrigado a utilizar uma boa parte das suas reservas de energia para empurrar a moto até ao final.
‘O dia de hoje começou muito bem. Vim sempre com um bom ritmo a oscilar entre o 13.º e o 11.º posto, até que a 5 km do fim o motor da moto parou e nunca mais o consegui colocar em funcionamento. A etapa era longa e depois de 420 km a rolar num bom ritmo este desfecho foi verdadeiramente inglório para todos nós. Os últimos quilómetros até chegar à zona da meta foram extremamente complicados porque estava parado numa parte do troço toda em areia. Tentei empurrar a moto até ao limite das minhas forças até que tive a ajuda de alguém que me conseguiu rebocar no durante 3 km. Os últimos quilómetros antes da meta voltei a ter de empurrar a moto até chegar ao final. Para chegar ao bivouac tive de ser rebocado novamente durante 60 km até à carrinha de assistência’, disse o piloto em comunicado.
O Dakar continua amanhã numa longa etapa de 646 km (com uma Especial de 374 km) naquele que é o segundo loop com início e fim em Ha’il.