A Rolls-Royce alcançou um “marco histórico” ao concluir com êxito os primeiros testes do motor UltraFan, nas suas instalações de Derby, Reino Unido.
As pás da ventoínha são em titânio carbono. Foto: Rolls-Royce plc
A Rolls-Royce revelou que o UltraFan foi testado com sucesso utilizando 100% de combustível de aviação sustentável (SAF). O UltraFan oferece uma melhoria de eficiência de 10% em relação ao atual motor aeronáutico de grande porte mais eficiente do mundo, o Trent XWB.
Esta inovação tem o potencial de transferir tecnologias para os motores Trent já existentes, fornecendo ainda mais disponibilidade, confiabilidade e eficiência aos clientes da Rolls-Royce.
Olhando para o futuro, a tecnologia escalável do UltraFan, que varia entre 25.000 e 110.000 libras de impulso, poderá ser utilizada nas novas aeronaves previstas para a década de 2030, tanto nas de fuselagem estreita como nas de fuselagem larga, afirma o construtor.
O motor UltraFan. Foto: Rolls-Royce plc
Tufan Erginbilgic, CEO da Rolls-Royce, expressou o seu empolgamento com o marco alcançado:
“O demonstrador UltraFan é um divisor de águas – as tecnologias que estamos a testar no âmbito deste programa têm a capacidade de melhorar os motores de hoje e os motores de amanhã. É por isso que este anúncio é tão importante – estamos a assistir a uma história em construção; a uma mudança radical na melhoria da eficiência dos motores. Quando combinados com os combustíveis sustentáveis para a aviação, os motores de turbina a gás mais eficientes serão fundamentais para atingir o objectivo da indústria de voo Net Zero até 2050. Hoje estamos mais perto de alcançar esta ambição”, garantiu Tufan Erginbilgic.
Os testes foram realizados no Testbed 80, a maior e mais avançada instalação de testes de motores aéreos fechada do mundo. A Rolls-Royce utilizou combustível 100% SAF, derivado principalmente de matérias-primas sustentáveis baseadas em resíduos, fornecido pela Air bp.
O UltraFan nas instalações de teste. Foto: Rolls-Royce plc
A iniciativa de desenvolvimento do UltraFan contou com o apoio do Governo do Reino Unido por meio do Instituto de Tecnologia Aeroespacial (ATI) e do programa Clean Sky da União Europeia, além do apoio do programa LuFo e do Estado de Brandenburgo, na Alemanha.
Após uma década de desenvolvimento, o UltraFan, que apresenta uma arquitetura de design fundamentalmente diferente dos motores atualmente em serviço, tem a capacidade de oferecer uma variedade de soluções de propulsão para futuras aeronaves, incluindo sistemas de transmissão direta e por engrenagens.
Com a sua nova arquitetura de núcleo Advance3, combinada com o sistema de combustão ALECSys, o UltraFan promete máxima eficiência de queima de combustível e baixas emissões.
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